Antiteuchus peruensis, Ruckes, 1961

Fernandes, José Antônio Marin & Grazia, Jocélia, 2006, Revisão do gênero Antiteuchus Dallas (Heteroptera, Pentatomidae, Discocephalinae), Revista Brasileira de Entomologia 50 (2), pp. 165-231 : 182-185

publication ID

https://doi.org/ 10.1590/S0085-56262006000200004

DOI

https://doi.org/10.5281/zenodo.4339923

persistent identifier

https://treatment.plazi.org/id/5B3B87A9-FFE5-FFF8-FED8-A2A451310115

treatment provided by

Carolina

scientific name

Antiteuchus peruensis
status

 

Grupo A. peruensis

( Figs. 62-160 View Figs View Figs View Figs View Figs View Figs View Figs View Figs View Figs View Figs View Figs View Figs View Figs View Figs View Figs , 303-304 View Fig View Fig )

Corpo ovalado, achatado dorso-ventralmente, de cor amarela a castanho-clara e brilhante. Pontuação dorsal muito densa, distribuída em linhassinuosas e transversaisrecobertas por faixas castanhas a castanho-escuras. Tais faixas podem cobrir quase totalmente asuperfície dorsal do corpo, tornando oexemplar escuro.

Jugas com as margens externas negras. Pontuação do 1/3 basal do pronoto mais rasa e de menor tamanho que nos 2/3 distais. Hemiélitro atingindo a metade distal ou ultrapassando a margemdo conexivo VII; pontuação regularmente distribuída. Escutelo com ápice arredondado e atingindo a metade distal do segmento VII. Ventralmente o tórax éamarelo com manchas castanhas a castanho-escuras de tamanho variável, estas manchas recobrem os pontos e podem escurecer quase toda superfície ventral; ocorrem áreas com manchas negras na margem posterior da metapleura e eventualmente sobre o pronoto ventral e mesopleura. Margem lateral do pronoto ventral sem pontuação e com manchas mais claras que no restante do segmento. Área evaporatória castanha. Ruga ostiolar amarela. Mesopleura com um pequeno calo amarelopálido próximo à margem lateral. Metapleura com um grande calo amarelojunto àmargem lateral. Coxas, trocânteres etarsos amarelos a castanhos e imaculados. Fêmures e tíbiasamarelos a negros, dependendo da concentração e cor das manchas que os recobrem. Tíbias com pêlos mais curtos que o diâmetro dosegmento.

Coloração dorsal do abdome castanho-escura. Conexivo amarelo a amarelo-escuro, pontos recobertos por manchas castanhas e interligados por faixas de mesma cor que variam de densidade, podendo ocupar todo segmento; áreas intersegmentares com manchas negras; margem lateralexterna amarela ou não. Faceventral do abdome amarela a castanhoclara e recoberta por manchas castanhas que diminuem de densidade da margem lateral em direção à região mediana. Ângulos póstero-laterais de cada segmento geralmente escuros. Pode ou não ocorrer uma faixa lateral escura e de larguravariável que engloba os espiráculos; geralmente ocorre umapequena região sub-calosae amarela, localizada na lateral interna de cada espiráculo. Urotergito VII sem um par de processos convexos e espessados na margem. Uma linha imaginária tangente à margem posterior do conexivo VII não secciona o ângulo póstero-lateral do urotergito VII, com exceção de A. puctissimus e A. amapensis . Margem posterior do processo mediano semuma lígula membranosa. Membrana do urotergito VII desenvolvida, estendendo-se por toda margem posterior e sem pêlos (figs. 62, 69).

Bordo dorsal do pigóforo sem áreas intumescidas laterais ao segmento X. Escavaçãodo bordodorsal quase ou tão larga quanto profunda (figs. 63, 99). Projeções do bordo dorsal, laterais ao segmento X, dentiformes, com exceção de A. confinium , A. mimeticus e A. cuspidatus onde elas são arredondadas. Diafragma sem processos membranosos. Ângulos póstero-laterais do pigóforo convergentes (figs. 63, 92). Face lateral e ventral pontuadas, sendo os pontos interligados por faixas castanho-escuras a negras, e apresentando muitos sulcos longitudinais. Ângulo pósterolateral do pigóforo mais longo que a área esclerotizada do segmento Xe implantado no plano longitudinal do pigóforo.

Parâmero apresentando a cabeça perpendicular ao seu eixo longitudinal (figs. 67, 110). Margem lateral do parâmero, entre o lobo dorsal e lobo lateral interno, com uma série de carenas curtas e baixas que parecem um enrugamento da parede do parâmero (figs. 66, 102).

Segmento X semicilíndrico, recoberto por pêlos esparsos na face posterior, tubérculos e margem ventral e sem áreas dorso-laterais intumescidas. Tubérculos desenvolvidos. Face posteriorsem uma área intumescida na extremidade posterior; carenas laterais convergentesem direção ventral, com exceção de A. punctissimus e A. amapensis , onde elas são paralelas; carena média presente (figs. 63, 106).

Comentários: Este grupo inclui as espécies A. bartletti , A. confinium , A. cuspidatus , A. guianensis , A. mimeticus , A. rideri , A. pallescens , A. peruensis , A. punctissimus , A. rolstoni , A. doesburgi , A. beckerae , A. amapensis e A. ledeburi . As características compartilhadas pelas espécies do grupo são a presença na margem lateral do parâmero, entreo lobodorsal e lobo lateral interno, de uma série de carenas curtas e baixas que mais parecem um enrugamento da parede; uma carena longitudinal sobre a face posterior do segmento X; e uma prega sobre a face dorsal de cada ângulo póstero-lateral do pigóforo. Ogrupo A. peruensis pode ser dividido em dois outros grupos de espécies. Oprimeiro formado por A. confinium , A. mimeticus , A. rideri , A. pallescens , A. punctissimus , A. doesburgi e A. amapensis pode ser facilmente reconhecido pela presença de um dente subapical, associado a uma carena negra, sobre a margem ventral interna de cada ângulo póstero-lateral do pigóforo. Ooutro grupo de espécies, formado pelas espécies A. bartletti , A. cuspidatus , A. guianensis , A. peruensis , A. rolstoni , A. beckerae e A. ledeburi , pode ser reconhecido pela amargem do urotergito VIIcom um par de impressões largas e profundas, uma de cada lado da projeção mediana; pela região posterior de cada ângulo póstero-lateral do pigóforo fortemente curvada internamente, embora não obstrua, necessariamente, a visão da taça genital em vista posterior; pela forma sub-retangular do ângulo póstero-lateral do pigóforo em vista lateral; e pela prega da face dorsaldo ângulo póstero-lateral do pigóforo descendente. Aforma do segmento Xé semelhante a das espécies A. confinium , A. mimeticus e A. doesburgi .

Chave paraos machosdas espécies dogrupo A. peruensis

1. Presença de um dente subapical associado a uma carena achatada e negra sobre a margem ventral interna de cada ângulo póstero-lateral do pigóforo (figs. 64, 100) ......................................................................................... 2

Ângulo póstero-lateral do pigóforo sem carena ou dente apical, pode ocorrer um tubérculo subapical com a mesma cor etextura da própria margemventral interna (figs. 142, 149) ............................................................... 8

2(1). Processo látero-dorsal do pigóforo muito desenvolvido e fundido ao 1/3 basal do ângulo póstero-lateral do pigóforo. Ângulo póstero-lateral do pigóforo curto, cerca de 1,5 vezes mais longo que largo em vista lateral. Presença de uma prega ascendente sobre a face dorsal deste ângulo (figs. 63, 72) ....................... 3

Processo látero-dorsal do pigóforo pouco desenvolvido e não fundido ao ângulo póstero-lateral do pigóforo. Ângulo póstero-lateral do pigóforo longo, cerca de 2 vezes mais longo que largo em vista lateral. Presença de uma prega descendente sobre a face dorsal deste ângulo (figs. 92, 106) ................................................... 6

3(2). Uma linha imaginária tangente à margem posterior do conexivo VII, não secciona o ângulopóstero-lateral do urotergito VII. Carenas das margens lateraisda face posterior do segmento Xconvergentes em direção ventral (figs. 63, 70) ...................................................... 4

Uma linha imaginária tangente à margem posterior do conexivo VII, secciona o ângulo póstero-lateral do urotergito VII eforma uma pequenaárea membranosa sobre a membrana que percorre o urotergito VII. Carenas das margens laterais da face posterior do segmento Xparalelas (figs. 76, 84) ............................ 5

4(3). Margem posterior do processo mediano do urotergito VII curvada ventralmente envolvendo ou não a margem da membrana. Lobo lateral interno do parâmero desenvolvido (figs. 62, 67) ..... A. pallescens

Margem posterior do processo mediano do urotergito VII plana. Lobo lateral interno ausente ou limitado a uma pequena convexidade da parede (figs. 69, 74) ... ..........................................................………....... A. rideri

5(3). Processomediano dourotergito VII estreito, digitiforme e fortemente convexo no ápice. Lobo ventral do parâmero estreito e quase plano em vista posterior (figs. 76-77, 82) .................................... A. punctissimus

Processo mediano do urotergito VII largo e com ápice plano. Lobo ventral doparâmero amplo e côncavo em vista posterior (figs. 84, 89) ..... A. amapensis sp. nov.

6(2). Processo medianodo urotergito VIIexpandido no ápice, margem posterior sulcada. Carena da margem ventral interna de cada ângulo póstero-lateral do pigóforo restrita ao 1/3 apical (figs. 105) ................................... ....................................................... A. doesburgi sp. nov.

Processo mediano do urotergito VII retangular ou levemente expandido no ápice, margem posterior inteira. Carena de cada ângulo póstero-lateral do pigóforo percorrendo toda margem ventral interna (figs. 91, 98) ...............…………………........................ 7

7(6). Processo mediano do urotergito VII retangular. Ângulo póstero-lateral do pigóforo triangular em vista lateral. Lobo dorsaldo parâmero com uma pequena projeção curvada posteriormente. Carenasentre os lobos dorsal e lateral interno do parâmero quase inconspícuas (figs. 91, 94, 96) .................………............ A. confinium

Processo medianodo urotergito VII levementeexpandido no ápice. Ângulo póstero-lateral do pigóforo subretangular em vista lateral. Lobo dorsal do parâmero curvado posteriormente. Carenas entre os lobos dorsal e lateralinterno do parâmero facilmentevisíveis (figs. 98, 101-103) ...............…................... A. mimeticus

8(1). Processo mediano do urotergito VII reduzido ao uma convexidade da parede. Lobolateral interno do parâmero ausente ou fundido ao lobo dorsal. (figs. 112, 117) ........................................................ A. bartletti

Processo medianodo urotergito VII desenvolvido. Lobo lateral interno do parâmero desenvolvido, podendo ser o maiordo parâmero (figs. 119, 126) .................... 9

9(8). Margem posterior do processo mediano do urotergito VII inteira. Processo látero-dorsal do pigóforo muito desenvolvido e parcialmente fundido com a base do ângulo póstero-lateral do pigóforo. Prega da face dorsal do ângulo póstero-lateral do pigóforo ausente (figs. 119, 122) .................…………......... A. guianensis

Margem posterior do processo mediano do urotergito VII sulcada. Processo látero-dorsal do pigóforo desenvolvido ou não e livre em relação à base do ângulo póstero-lateral do pigóforo. Prega da face dorsal do ângulo póstero-lateral do pigóforo presente (figs. 126, 140, 143, 150) ....………………................. 10

10(9).Ápice doprocesso mediano do urotergito VII expandido no ápice, margem posterior levemente sulcada. Processo látero-dorsal desenvolvido. Ápice de cada ângulo póstero-lateral do pigóforo com um grande processo bicúspide (figs. 126, 127) ...... A. cuspidatus Ápice do processo mediano do urotergito VII não expandido, margem sulcada. Processolátero-dorsal do pigóforo pouco desenvolvido. Ápice de cada ângulo póstero-lateral do pigóforo truncado e com uma aba transversal pouco achatada (figs. 147, 150) .. ........................................................................................ 11

11(10). Margem posterior do processo mediano do urotergito VII com um sulco raso e largo, resultando em dois pequenos lobos sobre as laterais. Ângulo pósterolateral dopigóforo sem um tubérculo sobre amargem ventralinterna (figs. 133-135) ...... A. ledeburi sp. nov.

Margem posterior do processo mediano do urotergito VII com um sulco profundo, resultando em dois grandes lobos sobre as laterais. Ângulo pósterolateral do pigóforo com umtubérculo sobre a margem ventralinterna (figs. 147, 149) ...………………....... 12

12(11). Bordo ventral com duas saliências recoberta por pêlos. Ângulo póstero-lateral do pigóforo com um pequeno tubérculopróximo ao ápice. Lobo ventral do parâmero ausente ou reduzido a uma pequena convexidade da parede (figs. 148-149, 152) ......................................... 13

Bordoventral sem saliênciasrecobertas por pêlos. Ângulo póstero-lateral do pigóforo com um grande tubérculo próximo ao ápice. Lobo ventral do parâmero espiniforme (figs. 142, 145) ....... A. beckerae sp. nov.

13(12). Ângulopóstero-lateral do pigóforo muito largoem vista dorsal, ápicecom abatransversal estreita. Lobo dorsal do parâmero estreito em vista posterior. Lobo lateral interno estreito, reto ecom ápice expandido (figs. 148, 152-153) ...........................………............... A. peruensis

Ângulo póstero-lateral do pigóforo mais estreito que na espécie anterior, ápice com aba transversal larga e direcionada posteriormente. Lobo dorsaldo parâmero largo em vista posterior. Lobo lateral interno largo, curvadoe com ápice arredondado (figs. 155, 159-160) ......................................................................... A. rolstoni

Kingdom

Animalia

Phylum

Arthropoda

Class

Insecta

Order

Hemiptera

Family

Pentatomidae

Genus

Antiteuchus

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