Vochysia elliptica Mart., 2022

Teixeira, Rayna Chaves & Teles, Aristônio Magalhães, 2022, A família Vochysiaceae na Serra dos Pireneus, Goiás, Brasil, Iheringia, Série Botânica (e 2022001) 77, pp. 1-26 : 9

publication ID

https://doi.org/ 10.21826/2446-82312022v77e2022001

DOI

https://doi.org/10.5281/zenodo.10627241

persistent identifier

https://treatment.plazi.org/id/6710F134-FFD3-FB27-8A90-69E1FB72F8DB

treatment provided by

Felipe

scientific name

Vochysia elliptica Mart.
status

gen. nov.

9. Vochysia elliptica Mart. View in CoL , Nov. Gen. Sp. Pl. 1: 141, t. 84. 1826.

( Figs. 3 View Figura 3 A-C; 11 A-I)

Iconografia: Shimizu & Yamamoto (2012: 75, figs. 4 B-D).

Nome popular: pau-doce ( Stafleu 1948).

Árvores, 2-8 m alt. Caule acastanhado, ramos com casca descamante, tomentosos. Folhas 3-4-verticiladas, estípulas caducas; pecíolo 0,1-0,2 cm compr. Lâmina foliar 4-9 × 3-5,5 cm, elíptica ou oblonga, coriácea, ápice retuso, emarginado ou arredondado, base arredondada, margem inteira, inconspicuamente revoluta, broquidódroma, nervura primária e secundárias levemente proeminentes na face adaxial, nervura primária proeminente e secundárias impressas na face abaxial, glabra em ambas as faces, glauco-pruinosa. Inflorescências terminais e axilares, cônicas, 11-22 cm compr., pubescentes; cíncinos 2-3-floros; pedúnculos 0,3-0,5 cm compr.; pedicelos 5-10 mm compr.; brácteas caducas; botões florais 1-2 × 0,2-0,4 cm, cilíndricos, ápice agudo; cálcar 0,6-1,2 cm compr., incurvo; sépala calcarada 1,7-2 × 0,8-1 cm; lobos do cálice não calcarados 3-3,5 mm compr., ovais, ápice obtuso; 3 pétalas, pétala central ca. 1,5 × 0,6 cm, glabra; pétalas laterais ca. 1 × 0,5 cm, glabras. Estame ca. 1,5 cm compr.; filete ca. 4 mm compr.; antera ca. 1,5 × 0,2 cm, glabra; estaminódios ca. 1 × 0,5 mm. Ovário ca. 2,5 × 2 mm, deltoide, tomentoso; estilete 1,5-3 cm compr., cilíndrico, pubescente na base e glabro no restante de sua extensão; estigma parcialmente lateral. Cápsulas 2,3-3 × 1,7-2 cm, elipsoides, ápice mucronado, superfície verrucosa, canescente-vilosa, não descamante; sementes não examinadas.

Material selecionado: BRASIL, GOIÁS, Pirenópolis, Estrada para a Cachoeira do Lázaro , GO-070, 15° 47’ 53,903” S, 48° 48’ 41,745” W, 1.250 m, 23.VII.2015, fr., R.C. Teixeira & G.H. Silva 44 (UFG); Serra dos Pireneus, 15° 49’ 45” S, 48° 54’ 16” W, 1.131 m, 3.IX.2015, fl., R.C. Teixeira & T.C. Freire 48 (UFG); Estrada para Cachoeira do Abade , 15° 49’ 14” S, 48° 54’ 12” W, 1.135 m, 15.X.2015, fl., R.C. Teixeira et al. 58 (UFG) GoogleMaps .

Esta espécie ocorre no Brasil (Bahia, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e Distrito Federal). Na área de estudo, Vochysia ocorre em áreas de cerrados sensu stricto e em cerrados rupestres .

Vochysia elliptica apresenta duas variedades: a variedade típica e V. elliptica var. firma Mart. ex Warm. Porém , somente a variedade típica ocorre na área de estudo, sendo caracterizada por apresentar folhas glauco-pruinosas menores e pecíolos de menor comprimento que os de V. elliptica var. firma ( Vianna 1980) . Os espécimes da variedade típica ocorrentes na área de estudo apresentam lâminas foliares com 4-9 × 3-5,5 cm e pecíolos com 0,1-0,2 cm compr., enquanto que no trabalho de Vianna (1980) V. elliptica var. firma apresenta lâminas foliares com dimensões equivalentes a 10-14 × 4-6 cm e pecíolos com 0,6-1 cm compr.

Dentre as espécies do gênero Vochysia ocorrentes na Serra dos Pireneus, V. elliptica difere das demais pela combinação das seguintes características: hábito arbóreo, folhas verticiladas com lâminas subsésseis (pecíolos 0,1- 0,2 cm compr.) e glauco-pruinosas.

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