Pyrpotyra, Santos-Silva & Martins & Clarke, 2010

Santos-Silva, Antonio, Martins, Ubirajara R. & Clarke, Robin O. S., 2010, Contribuição Para O Estudo Dos Rhinotragini (Coleoptera, Cerambycidae). Ii. Revisão De Ommata White, Papéis Avulsos de Zoologia 50 (39), pp. 595-621 : 614-615

publication ID

https://doi.org/ 10.1590/S0031-10492010003900001

persistent identifier

https://treatment.plazi.org/id/6619DB53-FFE6-FFA8-4962-7E6340D0AB21

treatment provided by

Felipe

scientific name

Pyrpotyra
status

gen. nov.

Pyrpotyra View in CoL gen. nov.

Etimologia: Tupi, pyr: visitar; potyra: flor. Alusivo ao comportamento das espécies de Rhinotragini . Gênero feminino.

Espécie-tipo: Ommata (Ommata) paradisiaca Tippmann, 1953 .

Diagnose: Pyrpotyra assemelha-se a Rhopalessa Bates, 1873 , pelos élitros não vítreos, que não cobrem totalmente o abdome e com ápice arredondado, mas difere, notavelmente, pelos élitros mais convexos no terço posterior, pelas antenas mais longas, que ultrapassam nitidamente o ápice elitral nas fêmeas, e pela existência de antenômeros branco-amarelados. Em Rhopalessa os élitros são subplanos no terço posterior, as antenas das fêmeas ultrapassam um pouco ou não o ápice elitral e não há antenômeros branco-amarelados. Vide discussão sobre Ommata , Acatinga e Etimasu .

Comprimento pequeno (6,0-11,0 mm). Corpo estreito (maior largura ca. 0,2 vezes o comprimento), não deprimido. Tegumento não metálico, exceto nos élitros (parte ou todo).

Macho: Cabeça não prolongada atrás dos olhos (margem posterior dos olhos, na área de junção dos lobos oculares, muito próxima da borda anterior do protórax); rostro curto (comprimento igual a aproximadamente 0,4 vezes a altura dos lobos oculares inferiores em vista frontal), exceto em P. paraensis sp. nov. (comprimento igual a 0,6 vezes a altura dos lobos oculares inferiores em vista frontal). Olhos grandes, fortemente emarginados. Distância entre os lobos oculares inferiores igual à aproximadamente 0,2 vezes a largura de um lobo. Lobos oculares superiores muito mais estreitos do que os inferiores; ápice atinge o nível do ápice dos tubérculos anteníferos; distância entre os lobos de 1,6 a 1,7 vezes a largura de um lobo. Base dos tubérculos anteníferos moderadamente próximas entre si; ápice arredondado. Labro transversal, mais curto do que a metade da largura. Comprimento das antenas igual a aproximadamente o dobro do comprimento elitral; face ventral do pedicelo e antenômeros III-VI com pelos longos, grossos e moderadamente abundantes, mas sempre gradativamente mais curtos e esparsos em direção aos segmentos apicais; extremo apical da face ventral dos antenômeros VII-VIII com alguns pelos longos e grossos (antenômeros sem pelos longos no restante da superfície ventral); antenômero III ca. 1,5 vezes mais longo do que o escapo; antenômeros III-VI inteiramente escuros ou largamente anelados de escuro, finos, fracamente alargados para o ápice; antenômero VII inteiramente escuro ou largamente anelado de escuro, gradual e nitidamente alargado para o ápice; antenômeros VIII-X, grossos, fracamente alargados para o ápice, com pelo menos um deles, totalmente ou em grande parte branco-amarelado; antenômero XI tão grosso nos dois terços anteriores quanto o ápice do antenômero X, nitidamente aguçado para o ápice no terço apical, com coloração variável; antenômeros VI-X, com o ápice externo fracamente projetado sobre o antenômero seguinte.

Protórax subcilíndrico, pouco mais largo na base do que no ápice (às vezes, subigual), alargado lateralmente na região mediana, sem tubérculos laterais; margens laterais sem faixa de pubescência ou com faixa localizada muito próxima da face ventral, fundida à pubescência ventral, da qual não se destaca. Disco do pronoto com escultura variável, mas sempre com pontos moderadamente esparsos; pubescência variável na forma, na concentração e disposição, mas com pelos longos e dispersos. Prosterno pubescente na região mais próxima das procoxas e glabro ou subglabro na região mais próxima da cabeça. Cavidades procoxais fechadas. Processo prosternal estreitado na região mediana e truncado e alargado no ápice, que é oblíquo ou fortemente oblíquo. Processo mesosternal elevado na base; carenas laterais inconspícuas; metade apical cordiforme. Mesepisterno fracamente intumescido, parcialmente visível dorsalmente acima dos úmeros. Metasterno não fortemente elevado próximo das metacoxas. Metepisternos estreitos e sub-retangulares, base não alargada, ápice fracamente acuminado.

Escutelo pubescente, alongado, longitudinalmente côncavo. Élitros não cobrem totalmente o abdome (às vezes, quase cobrem), fracamente estreitados para o ápice; disco subplano nos 3/4 basais, exceto no terço anterior, onde é distintamente elevado em direção à sutura, sem área longitudinal vítrea; carenas elitrais largas, não notavelmente marcadas; quarto apical convexo ou subplano; área lateral, entre a carena e a epipleura, quase vertical na metade basal, gradualmente obliqua em direção ao ápice, exceto em P. capixaba sp. nov., na qual a área lateral é fortemente obliqua no terço basal e gradualmente mais plana em direção ao ápice; margem lateral subparalela nos dois terços apicais; ápice arredondado, sem espinhos; sutura não divergente em toda extensão; superfície com pontuação grossa, abundante, em parte confluente; pelos eretos restritos ao terço basal ou presentes em toda a superfície; metade anterior com pelos longos e moderadamente longos, eretos e dispersos.

Pernas anteriores e medianas nitidamente mais curtas do que as posteriores; medianas mais curtas do que as posteriores. Pro- e mesocoxas sem espículo. Fêmures clavados; superfície inferior sem grânulos; ápice dos metafêmures ultrapassa nitidamente o ápice elitral. Metatíbias sem tufo de pelos. Metatarsômero I, em geral, um pouco mais longo do que II-III reunidos.

Abdome estreito e alongado, não curvado para baixo; margens laterais subparalelas entre os urosternitos I-IV. Processo abdominal fracamente inclinado em relação à superfície do urosternito I (menos de 20°). Urosternitos em nível mais baixo do que o da superfície do metasterno; metade centro-apical do urosternito V não deprimida, sem elevação nas laterais; urosternitos pubescentes. Genitália como em Ommata .

Fêmea: Distância entre os lobos oculares inferiores de 0,6 a 0,9 vezes a largura de um lobo; distância entre os lobos oculares superiores de 1,8 a 2,9 vezes a largura de um lobo; antenas pouco mais curtas do que nos machos; abdome proporcionalmente mais largo e mais alto (urosternitos não fortemente rebaixados em relação ao nível do metasterno); margens laterais do abdome subparalelas entre os urosternitos I-III; processo abdominal quase coplanar com a superfície do urosternito I.

Espécies incluídas: Pyrpotyra paradisiaca ( Tippmann, 1953) , comb. nov.; P. albitarsis ( Galileo & Martins, 2010) , comb. nov.; P. pytinga sp. nov.; P. capixaba sp. nov.; P. paraensis sp. nov.

Distribuição geográfica: Colômbia, Peru, Guiana Francesa, Brasil (Amazonas, Rondônia, Pará, Espírito Santo).

V

Royal British Columbia Museum - Herbarium

Kingdom

Animalia

Phylum

Arthropoda

Class

Insecta

Order

Coleoptera

Family

Cerambycidae

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