Polyrhaphis batesi Hovore & McCarty, 1998

Santos-Silva, Antonio, Martins, Ubirajara R. & Tavakilian, Gérard L., 2010, Revisão Do Gênero Polyrhaphis Audinet-Serville (Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae), Papéis Avulsos de Zoologia 50 (30), pp. 451-509 : 451-509

publication ID

https://doi.org/ 10.1590/S0031-10492010003000001

persistent identifier

https://treatment.plazi.org/id/03F1B867-FFD5-FF86-37FE-FD45601CFAD3

treatment provided by

Felipe

scientific name

Polyrhaphis batesi Hovore & McCarty, 1998
status

 

Polyrhaphis batesi Hovore & McCarty, 1998 View in CoL

( Figs. 41-43 View FIGURAS 41‑50 , 75 View FIGURAS 72‑77 )

Polyrhaphis paraensis View in CoL ; Bates, 1872, (non Bates, 1862): 203 (distrib.; misapplied); Bates, 1880, (non Bates, 1862): 132, pl. X, fig. 2 (distrib.; misapplied); Chemsak, Linsley & Mankins, 1980, (non Bates, 1862): 36 (distrib.; misapplied); Chemsak, Linsley & Noguera, 1992, (non Bates, 1862): 129 (cat.; misapplied); Maes et al., 1994, (non Bates, 1862): 52 (distrib.; misapplied); Monné & Giesbert, 1994: 228 (cat.; partim); Monné, 1994: 19 (cat.; partim); 2005: 630 (cat.; partim).

Polyrhaphis batesi Hovore & McCarty, 1998: 8 View in CoL ; Monné, 2002: 55 (plantas hosp.); Turnbow et al., 2003: 27 (checklist); Monné, 2004: 58, 66 (cat.; hosp.); Monné & Hovore, 2005: 292 (checklist); 2006: 293 (checklist); Hovore, 2006: 376 (distr.).

Redescrição: Macho ( Fig. 41 View FIGURAS 41‑50 ). Corpo não deprimido ( Fig. 42 View FIGURAS 41‑50 ). Cabeça, em vista dorsal, mais curta do que o protórax; não alongada atrás dos olhos. Fronte fracamente convexa; pontuação grossa e moderadamente abundante; pubescência amarelo-acinzentada, variável na distribuição, mas sempre com áreas glabras e, em geral, mais abundante nas laterais junto ao clípeo. Pubescência do vértice da mesma cor daquela da fronte e com diminutos pelos cerdosos esbranquiçados, exceto na área próxima ao occipício; pontuação grossa, rasa e esparsa, em geral, presente apenas nas laterais. Clípeo fraca e largamente côncavo na margem anterior. Anteclípeo moderadamente curto (às vezes, longo: ca. 1/3 da largura). Labro fracamente convexo nos dois terços basais; terço apical nitidamente inclinado; pilosidade dos dois terços basais abundante; parte inclinada glabra na região central. Distância entre os lobos oculares superiores igual à metade da largura do antenômero III; distância entre os lobos oculares inferiores de igual a 1,1 vezes a largura de um lobo. Mandíbulas aproximadamente tão longas quanto a distância entre a borda anterior do clípeo e a base dos tubérculos anteníferos. Comprimento da parte frontal das genas igual à metade da largura do lobo ocular inferior. Segmento II dos palpos maxilares mais longo do que o III e apenas mais curto do que o IV. Distância entre as bases dos tubérculos anteníferos menor do que a largura do escapo na base. Antenas com 2,8 vezes o comprimento elitral (medida em um dos parátipos); escapo, pedicelo e antenômero III com diminutos e esparsos pelos cerdosos branco-acinzentados.

Saliências cônicas do pronoto elevadas; calosidades da metade apical do disco nítidas, principalmente a central (às vezes, as calosidades laterais são apenas indicadas); espinhos laterais grandes, tão longos quanto à metade do comprimento do protórax; pontuação do disco grossa e abundante, restrita quase que exclusivamente às bordas anterior e posterior; pubescência amarelo-acinzentada, muito concentrada em toda extensão, exceto nos ápices das saliências cônicas e dos espinhos laterais (às vezes, ausente também sobre partes da calosidade central e borda posterior), em geral, castanho-clara em faixa longitudinal que atravessa as saliências cônicas (às vezes, nitidamente acastanhada nessa área); presença de alguns pelos longos e escuros, no disco e na base dos tubérculos laterais. Escutelo com pubescência amarelo-acinzentada, marginada de pubescência castanho-avermelhada (às vezes, esta última reveste quase todo o escutelo).

Élitros convergentes nos dois terços basais (às vezes, fracamente); carena longitudinal, sobre a giba, elevada e com série variável de tubérculos moderadamente elevados, com ápice rombo próximo à base e mais aguçados em direção ao ápice, brilhantes e, em geral, com a primeiro tubérculo bífido; área que margeia a metade basal da sutura, com espinhos, maiores em direção ao ápice; área sobre a giba e entre as carenas laterais, com pontos muito grossos e profundos, particularmente abundantes na área contígua ao ápice da giba, e tubérculos pequenos, brilhantes e esparsos; carena lateral curva, baixa, da base até o quarto ou quinto apical, munida de tubérculos pequenos e brilhantes no terço basal e espinhos no restante; úmeros salientes; ângulo apical externo com espinho longo e ângulo sutural com espinho curto; pubescência castanho-avermelhada, com áreas amarelo-acinzentadas na base e na metade posterior (particularmente extensa nesta última), com regiões quase glabras na área contígua ao ápice da giba e laterais e áreas de pubescência castanha que forma desenhos longitudinais nas laterais do terço posterior. Fêmures com faixa larga de pubescência esbranquiçada após o meio e faixa estreita de pubescência amarelo-acinzentada no ápice. Tíbias com faixa de pubescência amarelo-acinzentada ou castanho-avermelhada próximo do meio. Fêmures e tíbias com pelos cerdosos esbranquiçados e esparsos.

Fêmea ( Fig. 43 View FIGURAS 41‑50 ): Distância entre os lobos oculares superiores igual à largura do antenômero III na base; distância entre os lobos oculares inferiores de 0,9 a 1,2 vezes a largura de um lobo. Mandíbulas aproximadamente tão longas quanto à distância entre a borda anterior do clípeo e a base dos tubérculos anteníferos. Distância entre as bases dos tubérculos anteníferos apenas menor do que a largura do escapo na base. Antenas de 1,7 a 1,9 vezes mais longas que o comprimento elitral.

Dimensões em mm (♂ / ♀): Comprimento total, 24,8-29,7/23,0-32,4; comprimento do protórax, 4,4-5,1/3,9-5,8; largura do protórax, entre os ápices dos espinhos, 10,3-11,9/8,6-14,1; largura umeral, 9,8-11,5/8,3-13,8; comprimento elitral, 16,5-19,8/15,5-22,2.

Tipos, localidade-tipo: Holótipo ♂, proveniente da Costa Rica (Limón, próximo de Zent), coletado entre 10 e 12/01/1984 por F.T. Hovore, depositado no CASC . Parátipos: 38 ♂♂ e 35 ♀♀, procedentes da Costa Rica (Limón, Alajuela, Guanacaste, Heredia e Puntarenas) ; 18 ♂♂ e 9 ♀♀ coletados no Panamá ( Panamá, Coclé e Colón). Os parátipos estão depositados nas seguintes instituições e coleções particulares: EMEC, INBio, MICR, JCCO, FSCA (ex-Coleção E.F. Giesbert), CASC, LDMC, RLPC, RHTC, ACMT e ex-Coleção F.T. Hovore (a ser depositada no CASC) .

Distribuição ( Fig. 75 View FIGURAS 72‑77 ): México (Tamaulipas, Veracruz, Oaxaca, Chiapas) ao Panamá ( Hovore & McCarty, 1998), Equador (primeiro registro).

Plantas hospedeiras: Hovore & McCarty (1998) e Monné (2002, 2004) registraram como plantas hospedeiras: Pentaclethra sp. ( Mimosaceae ) e Ficus sp. ( Moraceae ).

Biologia: De acordo com Hovore & McCarty (op. cit.), P. batesi é uma espécie de hábito crepuscular

ou noturno e tem sido capturada no interior de grandes ramos ou troncos caídos.

Discussão: Hovore & McCarty (1998) registraram: “ Polyrhaphis batesi superficially resembles P. paraensis … It can be recognized by the presence of numerous elongate, spiniform tubercles on the elytral disk… Specimens examined of paraensis , jansoni and papulosa , from various localities in South America , have the centrobasal row of elytral tubercles rounded”. Embora os autores estejam corretos com relação à forma dos tubérculos da carena elitral que são muito mais aguçados do que em P. papulosa , esses não diferem sobremaneira daqueles de P. argentina , espécie muito similar a P. batesi , não comentada por Hovore & McCarty (op. cit.). P. batesi difere de P. argentina , principalmente, pela coloração mais amarelada da pubescência do pronoto e da maior parte dos élitros. Em P. argentina a pubescência dessas áreas é mais acinzentada.

Material examinado (todos exemplares do MZUSP): MÉXICO, Oaxaca: ♂, [sem data de coleta e nome do coletor]; Finca San Carlos ( 30 km E Palomares ), ♀, 29.V.1959, G. Halffter col. ( MZUSP) ; Tolosa , ♂, 23.VIII.1947, B. Malkin col. EL SALVADOR, Cuclastán : El Rosario , ♀, 20.XI.1953, Salazar col. NI- CARAGUÁ: ♂, [sem data de coleta], Salle col. COSTA RICA, Limón: Fazenda Reventazon (em Quararibae turbinata ), ♂, ♀, 15.V.1924, F. Nevermann col. ; ♀, 12.V.1938, F. Nevermann col. ; ♀. IV-V.1951, F. Nevermann col.; Guapiles (850 pés), ♀, [sem data de coleta e nome do coletor] . PANAMÁ, Panamá: Ilha Barro Colorado , ♀, 06.X.1943, [sem nome do coletor] . EQUADOR, Chimborazo: Riobamba , ♂, ♀, 1921, E. Feyer col.

MZUSP

Museu de Zoologia da Universidade de Sao Paulo

Kingdom

Animalia

Phylum

Arthropoda

Class

Insecta

Order

Coleoptera

Family

Cerambycidae

Genus

Polyrhaphis

Loc

Polyrhaphis batesi Hovore & McCarty, 1998

Santos-Silva, Antonio, Martins, Ubirajara R. & Tavakilian, Gérard L. 2010
2010
Loc

Polyrhaphis batesi

HOVORE, F. T. 2006: 376
MONNE, M. A. & HOVORE, F. T. 2005: 292
MONNE, M. A. 2004: 58
TURNBOW, R. H. & RONALD, D. C. & THOMAS, M. C. 2003: 27
MONNE, M. A. 2002: 55
HOVORE, F. T. & MCCARTY, J. D. 1998: 8
1998
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