Polyrhaphis hystricina Bates, 1862

Santos-Silva, Antonio, Martins, Ubirajara R. & Tavakilian, Gérard L., 2010, Revisão Do Gênero Polyrhaphis Audinet-Serville (Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae), Papéis Avulsos de Zoologia 50 (30), pp. 451-509 : 451-509

publication ID

https://doi.org/ 10.1590/S0031-10492010003000001

persistent identifier

https://treatment.plazi.org/id/03F1B867-FFC4-FF94-35EF-FF0561EDF9F3

treatment provided by

Felipe

scientific name

Polyrhaphis hystricina Bates, 1862
status

 

Polyrhaphis hystricina Bates, 1862 View in CoL

( Figs. 10-13 View FIGURAS 10‑19 , 82 View FIGURAS 78‑83 )

Polyrhaphis hystricina Bates, 1862: 402 View in CoL ; Gilmour, 1965: 621 (cat.); Monné & Giesbert, 1994: 228 (checklist); Monné, 1994: 18 (cat.); 2005: 629; Monné & Hovore, 2005: 293 (checklist); 2006: 293 (checklist); Giuglaris, 2006: pl. I, fig. 4 (distr.).

Polyraphis hystricina View in CoL ; Lacordaire, 1872: 732; Aurivillius, 1923: 372 (cat.); Blackwelder, 1946: 608 (checklist); Guérin, 1953: 315.

Polyrrhaphis hystricina View in CoL ; Gemminger & Harold, 1873: 3139 (cat.).

Redescrição: Macho ( Fig. 10 View FIGURAS 10‑19 ). Corpo não deprimido ( Fig. 11 View FIGURAS 10‑19 ). Cabeça, em vista dorsal, mais curta do que o protórax; não alongada atrás dos olhos. Fronte fracamente convexa; pontuação grossa e moderadamente abundante (em parte, confluente); pubescência castanho-avermelhada em toda a superfície, entremeada por áreas glabras. Pubescência do vértice da mesma cor daquela da fronte, exceto uma mancha de pubescência branco-amarelada, subelíptica, a cada lado da sutura coronal, junto do pronoto; pontuação grossa, profunda e dispersa. Clípeo com pequena reentrância no centro da borda. Anteclípeo moderadamente longo (ca. 1/4 da largura). Labro convexo nos dois terços basais; terço apical inclinado; pilosidade dos dois terços basais abundante; parte inclinada glabra na região central. Distância entre os lobos oculares superiores igual à largura do antenômero III; distância entre os lobos oculares inferiores de igual a 1,4 vezes a largura de um lobo. Mandíbulas aproximadamente tão longas quanto à distância entre a borda anterior do clípeo e a base dos tubérculos anteníferos. Comprimento da parte frontal das genas igual à metade da largura do lobo ocular inferior. Segmento II dos palpos maxilares mais longo do que o III e apenas mais curto do que o IV. Distância entre as bases dos tubérculos anteníferos apenas menor do que a largura do escapo na base. Antenas com 3,5 a 3,7 vezes o comprimento elitral.

Saliências cônicas do pronoto nitidamente elevadas; calosidade central da metade apical do disco marcada e calosidades laterais indicadas; espinhos laterais muito grandes, mais longos do que a metade do comprimento do protórax; pontuação do disco grossa e abundante, restrita quase que exclusivamente às bordas anterior e posterior e laterais dos tubérculos laterais; pubescência castanho-avermelhada, muito concentrada em toda extensão, exceto o ápice das saliências cônicas e dos espinhos laterais (às vezes, ausente também sobre partes da calosidade central e borda posterior), em geral, amarelo-acinzentada na área lateral atrás dos tubérculos (às vezes, com áreas glabras no disco, principalmente entre as saliências cônicas e a borda basal); presença de alguns pelos longos e escuros, no disco e base dos tubérculos laterais. Escutelo com pubescência castanho-avermelhada, em geral, acastanhada nas laterais.

Élitros convergentes nos dois terços basais; carena longitudinal, sobre a giba, elevada e com série variável de tubérculos, com ápice rombo, gradualmente maiores em direção ao ápice (em geral, com o primeiro tubérculo bífido); área que margeia a sutura, na região das gibas, com espinhos pequenos e/ou tubérculos com ápice rombo; área que margeia a sutura, entre as gibas e a metade, com espinhos longos; área sobre a giba e entre as carenas elitrais laterais, com pontos muito grossos e profundos, particularmente abundantes na área contígua ao ápice da giba, e tubérculos pequenos, brilhantes e esparsos; carena lateral curva, baixa, da base até o quarto ou quinto apical, munida de tubérculos pequenos e brilhantes no terço basal, e espinhos longos no restante; área do terço mediano com alguns espinhos longos ao lado dos espinhos da carena; úmeros com espinho; ângulo apical externo com espinho longo e ângulo sutural com espinho curto; pubescência acastanhada, em geral mais escura na metade basal e área contígua ao término da carena (terço apical), entremeada áreas de pubescência mais clara no terço basal e áreas amarelo-acinzentadas entre o meio e o quarto apical. Fêmures com faixa larga de pubescência castanho-avermelhada, rala, localizada atrás do meio e faixa estreita de pubescência castanho-avermelhada, concentrada, no ápice. Tíbias com faixa de pubescência castanho-avermelhada próximo ao meio.

Fêmea ( Fig. 12 View FIGURAS 10‑19 ): Distância entre os lobos oculares superiores igual à largura do antenômero III na base; distância entre os lobos oculares inferiores igual a 1,3 vezes a largura de um lobo. Distância entre as bases dos tubérculos anteníferos maior do que a largura do escapo na base. Antenas 1,8 vezes mais longas que o comprimento elitral.

Dimensões em mm (♂ / ♀): Comprimento total, 25,8-25,1; comprimento do protórax, 5,5-5,0; largura do protórax, entre os ápices dos espinhos, 12,2-11,5; largura umeral, 11,7-10,9; comprimento elitral, 17,5-16,0.

Tipos, localidade-tipo: Síntipo ♂, proveniente do Brasil [próximo do Pará (= Belém)], depositado no MNHN (ex-Coleção H.W. Bates> R. Oberthür). Bates (1862) assinalou que utilizou o nome registrado em um espécime depositado no BMNH, que deve ser considerado síntipo ( Fig. 13 View FIGURAS 10‑19 ) (procedência desconhecida): “There is a specimen of this species in the British Museum, ticketed “ P. hystricina, White ,” which name I have adopted; it is larger and paler in colour than my example, but agrees with it in all other aspects” .

Distribuição ( Fig. 82 View FIGURAS 78‑83 ): Brasil (Pará) ( Bates, 1862) e Guiana Francesa ( Monné & Giesbert, 1994).

Discussão: Polyrhaphis hystricina caracteriza-se, principalmente, pelos espinhos longos nos élitros.

Material examinado: GUIANA FRANCESA: Cacao (pk 0; atraído por luz), ♀, 19.VI.1993, Roland Boutonnet col. ( MNHN) ; Chaumière (atraído por luz), ♀, 15.IV.1984, Renaud Mortemard col. ( IRDC) ; Matoury (pk 0; dia), ♀, 14.V.1993, Jean-Yves Gallard col. ( MNHN) ; Piste Coralie (pk 8,5; atraído por luz), ♂, 04.VII.1989, Gérard Chovet col. ( IRDC) ; Piste de Kaw (pk 33; atraído por luz), ♀, 21.VIII.1985, Jean-Michel Vassal col. ( IRDC) ; ♀, 02.VIII.1992, Frédéric Beneluz col. ( MNHN) ; ♂, 13.V.1993, Frédéric Beneluz col. ( MNHN) ; ♀, 05.VII.1993, Frédéric Beneluz col. ( MNHN) ; ♀, 25.VII.1993, Frédéric Beneluz col. ( MNHN) ; ♂, 17.VIII.1993, Frédéric Beneluz col. ( IRDC) ; ♀, 22.VIII.1993, Frédéric Beneluz col. ( IRDC) ; ♀, 22.VII.1998, Michel Vialard col. ( MNHN); (pk 40; atraído por luz) , ♂, 04.VI.1984, Stéphane Boucher col. ( IRDC) ; ♀, 17.VII.1987, Joannès Chacun-Francoz col. ( IRDC) ; ♂, 09.VII.1991, Pierre Demonchaux col. ( IRDC) ; ♀, 20.VII.1993, Jean-Louis Giuglaris col. ( MNHN); (pk 29; armadilha luminosa) , ♀, 22.VIII.1993, Frédéric Beneluz col. ( MZUSP) ; Saint-Laurent du Maroni , ♂, 08.VIII.1975, Patrick Arnaud col. ( MNHN) ; Piste de l’Orapu (pk 3; atraído por luz), ♀, 08.VII.1985, Jean Haxaire col. ( MNHN); “ RN 2 About MNHN ” (pk 78; atraído por luz) , ♂, 24.I.1987, Patrick Crémieux col. ( MNHN) ; Route des Plages (pk 14; sobre tronco), ♂, 22.VI.1997, Jérôme Collgros col. ( MNHN) . BRASIL, Pará: Belém , ♂, 31.III.1976, P. Waldir col. ( MZUSP) .

MNHN

Museum National d'Histoire Naturelle

MZUSP

Museu de Zoologia da Universidade de Sao Paulo

Kingdom

Animalia

Phylum

Arthropoda

Class

Insecta

Order

Coleoptera

Family

Cerambycidae

Genus

Polyrhaphis

Loc

Polyrhaphis hystricina Bates, 1862

Santos-Silva, Antonio, Martins, Ubirajara R. & Tavakilian, Gérard L. 2010
2010
Loc

Polyrrhaphis hystricina

GEMMINGER, M. & HAROLD, E. 1873: 3139
1873
Loc

Polyraphis hystricina

GUERIN, J. 1953: 315
BLACKWELDER, R. E. 1946: 608
AURIVILLIUS, C. 1923: 372
LACORDAIRE, J. T. 1872: 732
1872
Loc

Polyrhaphis hystricina

MONNE, M. A. & HOVORE, F. T. 2005: 293
MONNE, M. A. & GIESBERT, E. F. 1994: 228
GILMOUR, E. F. 1965: 621
BATES, H. W. 1862: 402
1862
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