Rhopalessa clavicornis ( Bates, 1873 )
publication ID |
https://doi.org/ 10.1590/s0031-10492011002100001 |
DOI |
https://doi.org/10.5281/zenodo.10238736 |
persistent identifier |
https://treatment.plazi.org/id/03AA87E8-EA20-2825-FCC1-DA56FC4EFADF |
treatment provided by |
Carolina |
scientific name |
Rhopalessa clavicornis ( Bates, 1873 ) |
status |
|
Rhopalessa clavicornis ( Bates, 1873) View in CoL
( Figs. 5-7 View FIGURAS 1‑5 View FIGURAS 6‑11 )
Ommata (Rhopalessa) clavicornis Bates, 1873:28 View in CoL ; Aurivillius, 1912:279 (cat.); Monné, 1993:19 (cat.); Monné & Giesbert, 1994:97 (checklist); Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004:145 (espécie-tipo); Monné, 2005:494 (cat.); Monné & Hovore, 2005:123 (checklist); 2006:122 (checklist); Monné, 2006:177 (cat.).
Ommata clavicornis View in CoL ; Lameere, 1883:28 (cat.); Melzer, 1934:216; Blackwelder, 1946:575 (checklist).
Ommata (Rhopalessa) nigrotarsis Fisher, 1937:149 View in CoL ; Blackwelder, 1946:576 (checklist); Monné, 1993:20 (cat.); Monné & Giesbert, 1994:97 (checklist); Monné, 2005:494 (cat.); Monné & Hovore, 2005:123 (checklist); 2006:122 (checklist); Monné, 2006:177 (cat.). Syn. nov.
Ommata (Rhopalessa) nigricollis Zajciw, 1969:405 View in CoL ; Monné, 1993:19 (cat.); Monné & Giesbert, 1994:97 (checklist); Monné, 2005:494 (cat.); Monné & Hovore, 2005:123 (checklist); 2006:122 (checklist); Monné, 2006:177 (cat.). Syn. nov.
Diagnose: Rhopalessa clavicornis View in CoL difere das demais espécies do grupo clavicornis View in CoL , pelos antenômeros VIII-X (às vezes, apenas VIII e IX) anelados de amarelo na base e pelo terço basal dos meso- e metafêmures amarelados. Nas demais espécies do grupo, os antenômeros e os meso- e metafêmures são uniformemente escuros.
Macho ( Fig. 7 View FIGURAS 6‑11 ): Tegumento castanho-escuro. Cabeça enegrecida, com partes castanho-escuras; antenômeros gradualmente mais acastanhados em direção ao ápice antenal; antenômeros VII-XI com anel basal, castanho-alaranjado, estreito e subigual em todos estes antenômeros; protórax castanho-alaranjado, exceto faixa na base do pronoto e área em torno das cavidades coxais que são castanho-escuras; élitros castanhos, escurecidos nos pontos, na base e ao longo da sutura e margens laterais; profêmures alaranjados no extremo basal; mesofêmures alaranjados no quarto basal; metafêmures alaranjados na metade basal; demais áreas das pernas castanho-escuras.
Rostro, margem dos lobos oculares inferiores e faixa longitudinal na região dorsal com abundante pubescência branco-acinzentada. Distância entre os lobos oculares inferiores igual a 0,3 vezes a largura de um lobo; distância entre os lobos oculares superiores igual ao triplo da largura de um lobo. Comprimento das antenas igual a 1.5 vezes comprimento elitral; comprimento dos antenômeros VIII-IX subigual. Pronoto com pontos moderadamente finos e esparsos na região central, mais grossos lateralmente, principalmente na região mediana, onde os pontos são em parte confluentes, sem áreas lisas; faixa central pouco distinta, moderadamente larga, ultrapassa um pouco o meio do pronoto; disco com pelos curtos, entremeados por pelos longos; área basal e apical com pubescência distinta.
Élitros com pelos curtos, moderadamente abundantes no terço basal e ao longo da sutura, entremeados por pelos longos no terço basal; não microesculturado, com pontuação grossa e abundante em toda a superfície, mais grossa em direção às laterais e quarto apical; carenas elitrais pouco distintas; margens laterais um pouco estreitadas na região mediana; ápice fracamente convexo e largamente arredondado. Promeso e metasterno com pubescência branco-acinzentada, abundante (exceto na região anterior do prosterno), entremeada por pelos longos e abundantes.
Fêmures com pubescência pouco notável, entremeada por pelos amarelados, longos e curtos. Protíbias com pubescência amarelada na face ventral e pelos amarelados na face dorsal; mesotíbias com franja de pelos curtos no quarto apical ventral e pelos moderadamente longos no restante; metatíbias com franja de pelos curtos no extremo apical e pelos moderadamente longos e esparsos no restante. Urosternitos com pubescência branco-acinzentada, entremeada por pelos longos; urosternito V com franja de pelos decumbentes, voltados para a região central.
Fêmea ( Fig. 6 View FIGURAS 6‑11 ): Tegumento como no macho. Cabeça inteiramente enegrecida. Faixa amarelada da base dos antenômeros VII-XI muito variável. Pronoto alaranjado com faixa castanho-escura na base e no ápice; faixa basal amarelada dos fêmures variável na extensão.
Distância entre os lobos oculares superiores e inferiores igual a aproximadamente o quádruplo da largura basal do antenômero III. Antenas tão longas quanto 1,4 vezes o comprimento elitral. Élitros notavelmente mais pilosos do que nos machos.
Variabilidade: Macho – tegumento enegrecido; protórax inteiramente preto; antenômeros não gradualmente mais acastanhados em direção ao ápice antenal; antenômeros VII-XI com anel basal, alaranjado, gradualmente mais longo do VII para o X (XI subigual ao X); élitros enegrecidos também na margem apical; pernas enegrecidas fora das áreas alaranjadas; pronoto com áreas lisas aos lados da faixa central, na região anterior; disco pronotal com pelos curtos esparsos; pubescência basal do pronoto pouco conspícua e pubescência apical ausente; ápice elitral não notavelmente largo. Fêmea – cabeça inteiramente avermelhada ou avermelhada com área enegrecida (variável no comprimento); antenômeros VII-XI não anelados; pronoto avermelhado; faixas escuras do pronoto largas (recobrem quase o terço basal ou apical) ou estreitas (restritas ao extremo basal ou apical), ou ausentes (uma ou as ambas); faixa basal dos antenômeros VII-XI larga ou estreita, presente em todos esses antenômeros ou ausente em alguns deles, amarelada, alaranjada ou castanho-alaranjada; faixa clara dos fêmures de amarelada até castanho-alaranjada; faixa clara dos metafêmures atinge apenas do terço basal até a metade basal; pontuação do pronoto notavelmente variável na concentração (esparsos ou cerrados), disposição (com ou sem áreas lisas) e tamanho dos pontos (de finos até nitidamente grossos, mas sempre com mais de um tipo de pontuação); pilosidade elitral similar aquela dos machos.
Dimensões em mm (♂ / ♀): Comprimento total, 6,5-7,0/5,8-8,5; comprimento do protórax, 1,2-1,4/1,2-1,5; largura anterior do protórax, 0,9-1,0/0,8-1,1; largura posterior do protórax, 0,9-1,0/0,8-1,1; largura umeral, 1,2-1,3/1,1-1,5; comprimento elitral, 4,4-4,7/4,0-5,0.
Tipos, localidades-tipo: De Ommata (Rhopalessa) clavicornis : holótipo ♀, procedente do Brasil (Rio de Janeiro, Nova Friburgo ), depositado no MNHN. Tavakilian & Chevillotte (1999) registraram: “ Syntypes femelles”. No entanto, Bates indicou apenas uma medida (“ Long. 4 lin.”), o que sugere que ele descreveu a espécie como base em um único espécime. É possível que Bates (1873) tivesse mais de um espécime com a mesma medida .
De Ommata (Rhopalessa) nigrotarsis: Holótipo ♀, coletado no Brasil (Santa Catarina , Seara, Nova Teutônia), depositado no USNM.
De Ommata (Rhopalessa) nigricollis: Holótipo ( Fig. 5 View FIGURAS 1‑5 ) e dois parátipos ♂, coligidos no Brasil (São Paulo, Serra da Bocaina, São José do Barreiro ), depositados no MNRJ .
Distribuição geográfica: Brasil [Rio de Janeiro ( Bates, 1873); Goiás ( Gounelle, 1911); Minas Gerais ( Gounelle, 1911); Rio Grande do Sul ( Buck, 1959); São Paulo (Zajciw & Seabra, 1968); Espírito Santo ( Zajciw, 1969); Paraná ( Zajciw, 1969); Santa Catarina ( Fisher, 1937); Mato Grosso do Sul (novo registro)], Uruguai (Zajciw & Ruffinelli, 1962), Argentina [Misiones, Tucumán ( Zajciw, 1969)], Paraguai ( Viana, 1972).
Discussão: Fisher (1937) descreveu Ommata (Rhopalessa) nigrotarsis , baseado em uma fêmea coletada por Fritz Plaumann em Santa Catarina (Brasil) e comparou-a com R. demissa : “This species is allied to demissa Melzer , but it differs from that species in having the head and thorax entirely reddish, the apical antennal joints annulated brownish yellow at bases, the middle and posterior femora yellowish at bases, and it having the elytra more densely pubescent”. O exame de considerável quantidade de fêmeas de R. clavicornis , permitiu observar que a cor da cabeça e do protórax varia consideravelmente. No caso da cabeça, pode ser inteiramente preta ou vermelha, ou apresentar uma mescla dessas cores. Essas variações cromáticas não estão associadas à distribuição geográfica. Dessa forma, consideramos O. (R.) nigrotarsis como sinônima de R. clavicornis .
Caso similar ocorre com Ommata (Rhopalessa) nigricollis . Os machos de R. clavicornis podem apresentar o protórax desde inteiramente preto até inteiramente vermelho. Também observamos que ocorre variação na pontuação do pronoto, o que era esperado, em função da grande variação desse caráter nas fêmeas estudadas e em diversas espécies de Ommata sensu Monné (2005) . Concluímos assim, que Ommata (Rhopalessa) nigricollis também é sinônima de R. clavicornis .
Curiosamente, os machos de R. clavicornis parecem ser bastante raros nas coleções, conforme pode ser constatado na lista de material examinado.
Material examinado: BRASIL, Goiás: Leopoldo Bulhões, ♀, X.1937, R. Spitz col. (MZUSP); Jatai (Fazenda Cachoeirinha), ♀, X.1962, Expedição Departamento de Zoologia col. (MZUSP); (Fazenda Aceiro), 3 ♀♀, X.1962, Expedição Departamento de Zoologia col. (MZUSP); Vianópolis, 3 ♀♀, XI.1931, R. Spitz col. (MZUSP); ♀, 12.XI.1931, R. Spitz col. (MZUSP). Mato Grosso do Sul: Porto Murtinho, 4 ♀♀, XI.1929, W. Miler col. (MZUSP); Selvíria, ♀, 06.X.2005, S.Y. Tanabe col. (MZUSP). Minas Gerais: Passa Quatro, 9 ♀♀, XI.1915, Zajciw col. (MZUSP); 6 ♀♀, XI.1916, Zajciw col. (MZUSP); Catas Altas (Serra do Caraça), ♀, 23-25.XI.1960, Araujo & Martins col. (MZUSP). Espírito Santo: Baixo Guandú, ♀, X.1970, C. Elias col. (MZUSP); ♀, X.1971, C. Elias col. (MZUSP); Barra do São Francisco (Córrego do Itá), 2 ♀♀, XI.1956, W. Zikán col. (MZUSP). São Paulo: Amparo, 2 ♀♀, 1931, [nome do coletor ilegível] (MZUSP); Botucatu, ♀, 10.XI.1969, A. Mantovan col. (MZUSP); Campinas, ♀, XI.1985, Mattos col. (ACMT); Itápolis (Fazenda Palmeiras), ♀, X.1945, F. Lane col. (MZUSP); Itu (Fazenda Pau d’alho), ♀, 15.XI.1961, U. Martins col. (MZUSP); Monte Alegre (Fazenda Santa Maria, 1.100 m), 3 ♀♀, 24-30.XI.1942, Lane col. (MZUSP); São José do Barreiro (Serra da Bocaina; 1.600 m), holótipo ♂ de O. (R.) nigricollis, XI.1967 , Alvarenga & Seabra col. (MNRJ). Paraná: Curitiba, ♀, X.1936, C. Claretiano col. (MZUSP); ♀, XI.1939, Claretiano col. (MZUSP); Guarapuava, ♀, XI.1960, L. Schneider col. (MZUSP); Ponta Grossa, ♀, 1940, P. Machado col. (MZUSP). Santa Catarina : Seara (Nova Teutônia), 4 ♀♀, [sem data e nome do coletor] (IRSN); ♀, 1933, [sem nome do coletor] (IRSN); ♀, X.1933, B. Pohl col. (MZUSP); ♀, 17.IX.1933, F. Plaumann col. (MZUSP); 3 ♀♀, X.1941. B. Pohl col. (MZUSP); ♀, XI.1941, B. Pohl col. (MZUSP); 2 ♀♀, X.1966, F. Plaumann col. (MZUSP); 6 ♀♀, XI.1966, F. Plaumann col. (MZUSP); ♂, X.1967, F. Plaumann col. (MZUSP); São Bento do Sul (Rio Vermelho), 2 ♀♀, III.1962, Dirings (MZUSP). Rio Grande do Sul: Derrubadas (Parque Estadual do Turvo), ♀, 21.X.2004, L. Moura col. (MCNZ); Porto Alegre (Jardim Botânico; em inflorescência de Eryngium sp. – Apiaceae ), ♀, 21.XI.2007, L. Moura col. (MCNZ); Salvador do Sul, 2 ♀♀, 16.XII.1966, B. Schmitt col. (MZUSP). ARGENTINA, Entre Rios: Villa Elisa, ♀, III.1974, [sem nome do coletor] (MZUSP). URUGUAI, Maldonado: Sierra de las Animas, 4 ♀♀, 23.XII.1960, M.A. Monné col. (MZUSP); ♀, 23.XII.1960, M.A. Monné col. (DZUP).
No known copyright restrictions apply. See Agosti, D., Egloff, W., 2009. Taxonomic information exchange and copyright: the Plazi approach. BMC Research Notes 2009, 2:53 for further explanation.
Kingdom |
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Phylum |
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Class |
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Order |
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Family |
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Genus |
Rhopalessa clavicornis ( Bates, 1873 )
Clarke, Robin O. S., Martins, Ubirajara R. & Santos-Silva, Antonio 2011 |
Ommata (Rhopalessa) nigricollis
MONNE 1993: 19 |
ZAJCIW 1969: 405 |
Ommata (Rhopalessa) nigrotarsis
MONNE 1993: 20 |
BLACKWELDER 1946: 576 |
FISHER 1937: 149 |
Ommata clavicornis
BLACKWELDER 1946: 575 |
MELZER 1934: 216 |
LAMEERE 1883: 28 |
Ommata (Rhopalessa) clavicornis
TAVAKILIAN & Nouvelles 2004: 145 |
MONNE 1993: 19 |
AURIVILLIUS 1912: 279 |
BATES 1873: 28 |