Paspalum plenum Chase, Contr. U.S. Natl. Herb.
publication ID |
https://doi.org/ 10.21826/2446-82312019v74e2019011 |
persistent identifier |
https://treatment.plazi.org/id/038D8793-2D14-D40F-E728-3E2CFE223489 |
treatment provided by |
Felipe |
scientific name |
Paspalum plenum Chase, Contr. U.S. Natl. Herb. |
status |
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Paspalum plenum Chase, Contr. U.S. Natl. Herb. View in CoL
28:202. 1929.
( Figs. 9 View Figs O-S)
Plantas perenes, cespitosas, 200-250 cm alt. Colmos com ca. 3 nós, não invaginados. Folhas concentradas na base; bainhas não desfiadas, não infladas, glabras, as inferiores glabras, margens glabras; lígula 1-2 mm compr.; aurículas ausentes; lâminas 50-65 x 2,5 cm, linear-lanceoladas, planas, escabras na face abaxial, glabras na face adaxial, base truncada. Inflorescências terminais 40- 43 cm compr., 100-130 racemos alternos; inflorescências axilares ausentes; ráquis sem alas laterais. Espiguetas 2,5-2,8 x 1,5-1,8 mm, pareadas, pediceladas, elípticolanceoladas, agudas, apiculadas, esverdeadas, às vezes com manchas vináceas; gluma inferior ausente; gluma superior 2,4-2,7 mm compr., 3-nervada, glabra, não papilosa, não ciliada nas margens; lema inferior 2,5-2,8 mm compr., 3-nervado, glabro, hialino, não papiloso, margens glabras; antécio inferior estéril, pálea ausente; antécio superior 2,3- 2,5 x 1,3-1,5 mm, não estipitado, elíptico a oboval, ápice agudo, glabro, papiloso, estramíneo. Cariopse não vista. Material examinado: BRASIL, BAHIA: Ibicoara , 1.II.1974, fl., R.M. Harley 15819 ( CEPEC). Rio de Contas , 1.II.1997, fl., E. Saar et al. 4831 ( CEPEC, HUEFS) .
Ocorre no México, Costa Rica, Colômbia, Paraguai, Bolívia, Brasil e Argentina ( Oliveira & Valls 2001). No
Brasil ocorre em todas as regiões, sendo uma nova ocorrência para o Nordeste ( Flora do Brasil 2020). Paspalum plenum caracteriza-se pela sua inflorescência piramidal com até 130 ramos. Muito semelhante a P. intermedium Munro ex Morong , sendo muitas vezes confundidas nas identificações. Estas espécies podem ser diferenciadas pelas espiguetas com a gluma superior não ultrapassando o antécio em P. plenum , como ocorre em P. intermedium , e também pela base da planta, com bainhas comprimidas dispostas em forma de leque em P. intermedium ( Zuloaga & Morrone 2005) . Na Chapada Diamantina ocorre em áreas de cerrado.
Paspalum polyphyllum Nees ex Trin., Gram. Panic. 114. 1826.
( Fig. 4 H View Figs ; Fig. 9 T View Figs )
Plantas perenes, cespitosas, 30-50 cm alt. Colmos com ca. 12 nós, não invaginados. Folhas distribuídas ao longo do colmo; bainhas não desfiadas, não infladas, pilosas, as inferiores glabras a pilosas, margens glabras; lígula 0,5- 1 mm compr.; aurículas ausentes; lâminas 3-7 x 0,2-0,6 cm, linear-lanceoladas, planas, pilosas, base arredondada. Inflorescências terminais 3,5-5 cm compr., (1)2-3 racemos alternos; inflorescências axilares ausentes; ráquis com alas laterais estreitas, ca. 1,2 mm larg. Espiguetas 2,2-2,5 x 1,2-1,5 mm, pareadas, pediceladas, elípticas, agudas, não apiculadas, paleáceas a esverdeadas, sem máculas; gluma inferior ausente; gluma superior 2,2-2,5 x 1,2-1,5 mm compr., 3-nervada, densamente pilosa, com tricomas adpressos, não papilosas, longamente ciliada nas margens; lema inferior 2-2,2 mm compr., 3-nervado, piloso apenas no ápice, não hialino, não papiloso, margens glabras; antécio inferior estéril, pálea ausente; antécio superior 2,1-2,5 x 0,8 mm, não estipitado, elíptico, ápice agudo, glabro, liso, estramíneo. Cariopse não vista.
Material examinado: BRASIL, BAHIA: Andaraí , 13.X.2012, fl., K.M. Pimenta et al. 535 ( HUEFS) . Mucugê , 1.X.2011, fl., K.M. Pimenta & C. Silva 284 ( HUEFS) . Palmeiras , 5.III.1997, fl., A.A. Conceição 424 ( SPF) . Rio de Contas , 14.XI.1998, fl., R.P. Oliveira et al. 124 ( HUEFS) .
Ocorre na Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Brasil ( Oliveira & Valls 2001). No Brasil, ocorre em todas as regiões do país, exceto no Norte ( Flora do Brasil 2020). Paspalum polyphyllum é caracterizado pelas ráquis das inflorescências com alas laterais, espiguetas densamente pilosas e com mais de 2 mm de comprimento, com longos tricomas nas margens e até 4 mm de comprimento. É uma espécie com ampla variação morfológica, às vezes referidas como “fases” morfológicas ( Denham et al. 2002).
Muito semelhante à Paspalum bicilium Mez , as quais já estiveram sinonimizadas sob P. polyphyllum ( Denham et al. 2002) . Porém diferem por P. bicilium apresentar colmos escandentes e bastante ramificados na base, espiguetas de até 2 mm de comprimento, e dois tricomas maiores e divergentes na gluma superior, chegando a medir até 8 mm de comprimento.Além disso, P. bicilium ocorre em margens de cursos d’água, no interior de matas de galeria no bioma Cerrado ( Silva 2013). Por outro lado, P. polyphyllum ocorre em ambientes savânicos ou campestres e apresenta maiores dimensões da espigueta e da lâmina foliar, hábito ereto, colmos rizomatosos, mais frequentemente, sem ramificação ou, mais raro, com ramificação cimosa abundante ( Silva 2013). Na Chapada Diamantina ocore em áreas de caatinga e campo rupestre.
Paspalum pumilum Nees, Fl. Bras. Enum. Pl. View in CoL 2:52. 1829.
( Figs. 5 A, B View Figs ; Figs. 10 View Figs A-E)
Plantas perenes, cespitosas, 7-30 cm alt. Colmos com 2-3 nós, não invaginados. Folhas concentradas na base; bainhas não desfiadas, não infladas, glabras a pilosas, as inferiores glabras a pilosas, margens pilosas; lígula 0,1- 0,5 mm compr.; aurículas ausentes; lâminas 1,5-11,5 x 0,3-1 cm, lineares a linear-lanceoladas, planas, glabras a pilosas, base arredondada. Inflorescências terminais 1,4- 4 cm compr., 2 racemos subconjugados; inflorescências axilares ausentes; ráquis sem alas laterais. Espiguetas 1,5- 2,2 x 0,9-1 mm, solitárias, pediceladas, elípticas, agudas, não apiculadas, esverdeadas, sem máculas; gluma inferior raramente presente, reduzida; gluma superior 1,5-1,8 mm compr., 5-nervada, glabra, não papilosa, não ciliada nas margens; lema inferior 1,4-1,7 mm compr., 3(5)-nervado, glabro, não hialino, não papiloso, margens glabras; antécio inferior estéril, pálea ausente; antécio superior 1,4-1,7 x 0,7-0,8 mm, não estipitado, oval-elíptico, ápice agudo, glabro, levemente papiloso, estramíneo. Cariopse não vista. Material examinado: BRASIL, BAHIA: Andaraí , 12.X.2012, fl., K.M. Pimenta et al. 518 ( HUEFS) ; 13.X.2012, fl., K.M. Pimenta 529 ( HUEFS) . Mucugê , 1.X.2011, fl., K.M. Pimenta & C. Silva 287 ( HUEFS) .
Ocorre nas Antilhas e América do Sul ( Oliveira & Valls 2001). No Brasil ocorre em todas as regiões ( Flora do Brasil 2020). Paspalum pumilum caracteriza-se pelo porte pequeno, com folhas pilosas, inflorescência terminal com dois ramos, subconjugados; espiguetas solitárias, glabras. Pode ser confundida com P. giuliettiae , porém esta espécie apresenta inflorescência axilar e entrenó dos ramos da inflorescência com 6–10 mm de comprimento ( Pimenta et al. 2013).
As amostras analisadas da Chapada Diamantina podem ser organizadas em dois morfotipos. Nos materiais K.M. Pimenta 287, 523 e 525 as plantas apresentaram hábito ereto, longas lâminas foliares até 11,7 cm de comprimento, as quais são lineares, e espiguetas com até 1,8 mm de comprimento. Os materiais K.M. Pimenta 518 e 529 são mais similares ao que é típico da espécie, com hábito mais rasteiro em forma de roseta, lâminas foliares curtas com até 3 cm de comprimento, linear-lanceoladas, e espiguetas com até 1,5 mm de comprimento. Na Chapada Diamantina é encontrado em áreas de floresta, principalmente em solos úmidos.
Paspalum repens Berg., Act. Helv. Phys-Math. 7. 129. 1772.
( Figs. 10 View Figs F-H)
Plantas perenes, aquáticas, ca. 50 cm alt. Colmos ca. 4-5 nós, não invaginados. Folhas distribuídas ao longo do colmo; bainhas não desfiadas, infladas, glabras, as inferiores glabras, margens glabras; lígula ca. 3 mm compr.; aurículas presentes; lâminas 25-30 x 1 cm, lanceoladas, planas, pilosas, base truncada. Inflorescências terminais ca. 17 cm compr., 30-54 racemos alternos; inflorescências axilares ausentes; ráquis com alas laterais, ca. 1,5 mm larg. Espiguetas 1,5-1,8 x 0,6-0,8 mm, solitárias, pediceladas, elípticas, agudas, apiculadas, esverdeadas a paleáceas, sem máculas; gluma inferior ausente; gluma superior 1,5-1,8 mm compr., 2-nervada, glabra, não papilosa, não ciliada nas margens; lema inferior 1,5-1,7 mm compr., 2-nervado, glabro, não hialino, não papiloso, margens glabras; antécio inferior estéril, pálea ausente; antécio superior 1,4-1,7 x 0,6-0,8 mm, não estipitado, elíptico, ápice agudo, glabro, levemente papiloso, estramíneo. Cariopse não vista.
Material examinado: BRASIL, BAHIA: Morro do Chapéu , 14.VI.1975, fl., Pereira & Gusmão s.n. ( ALCB 01853 ) .
Ocorre dos Estados Unidos até a Argentina e Uruguai ( Zuloaga & Morrone 2005). No Brasil ocorre em todas as Regiões ( Flora do Brasil 2020). Paspalum repens é a única espécie aquática dentre as espécies desse gênero ocorrentes na Chapada Diamantina ( Chase 1929) . É caracterizada principalmente pelas bainhas infladas, devido a cavidades aeríferas desenvolvidas ( Aliscioni 2000), o que concede seu hábito flutuante.
Paspalum robustum (Hitchc. & Chase) S. Denham, Novon. 16:331. 2006.
Plantas perenes, cespitosas, ca. 50 cm alt. Colmos com ca. 5 nós, não invaginados. Folhas distribuídas ao longo do colmo; bainhas não desfiadas, não infladas, glabras, as inferiores velutinas na base, margens glabras; lígula 0,1- 0,15 mm compr.; aurículas ausentes; lâminas 8-20 x 0,4 cm, lineares, planas, densamente pilosas a hirsutas, base não truncada. Inflorescências terminais 9-11 cm compr., 1 racemo solitário; inflorescências axilares presentes; ráquis com alas laterais estreitas, ca. 3 mm larg. Espiguetas 4-4,2 x 1-1,5 mm, pareadas, pediceladas, elípticas, agudas, não apiculadas, esverdeadas, sem máculas; gluma inferior presente, reduzida; gluma superior 4-4,2 mm compr., 7-nervada, pilosa, com tricomas simples, não papilosa, não ciliada nas margens; lema inferior 3,5-3,7 mm compr., (4)3-nervado, sulcado, piloso, com tricomas simples, não hialino, não papiloso, margens glabras; antécio inferior estéril, pálea presente; antécio superior 3,8-4 x 0,8-1 mm, não estipitado, elíptico, ápice agudo, glabro, papiloso, estramíneo. Cariopse não vista.
Material examinado: BRASIL, BAHIA: Rio de Contas , 19.VI.2005, fl., R. Dias-Melo et al. 280 ( CEN) .
Ocorre desde a Costa Rica até o Brasil ( Denham 2005). Representa um novo registro para a Bahia, antes citada no país apenas para Pernambuco ( Flora do Brasil 2020). Paspalum robustum caracteriza-se pelas espiguetas pilosas com lema sulcado; estas são aparentemente solitárias, porém na realidade são pareadas com os pedicelos concrescentes com a ráquis aparentando uma única fileira (disposição “thrasyiode” [ Burman 1985]), dispostas alternadamente com a gluma superior em posição abaxial e adaxial. A gluma inferior presente é reduzida e membranácea. É muito semelhante a P. foliiforme S. Denham , porém o material examinado da área de estudo possui ráquis com alas laterais estreitas, com 2-3 mm de largura, e espiguetas com gluma superior totalmente pilosa, contrapondo alas laterais de 7 mm de largura de P. foliiforme e gluma superior pilosa apenas no ápice (Denham 1985). Além disso, no material analisado foi verificada a presença de inflorescência axilar e gluma superior 7-nervada, divergindo da descrição de Maciel et al. (2009), que citou 3-nervada. Assim, mesmo aqui reconhecidos sob Paspalum robustum , esses materiais merecem maiores estudos, pela gluma superior ser totalmente pilosa e os nós glabros, como ocorre em P. foliiforme ( Denham 2005) . Na Chapada Diamantina é encontrada em áreas de caatinga e campo rupestre.
Paspalum rojasii Hack., Repert. View in CoL Spec. Nov. Regni Veg. 7:369. 1909.
( Figs. 10 View Figs I-L)
Plantas perenes, cespitosas, 50-60 cm alt. Colmos 4-5 nós, não invaginados. Folhas distribuídas ao longo do colmo; bainhas não desfiadas, não infladas, pilosas, as inferiores geralmente pilosas na base, margens glabras a pilosas; lígula 1,5-2 mm compr.; aurículas ausentes; lâminas 10,5-18 x 0,4-0,6 cm, lineares, conduplicadas, hirsutas, base atenuada. Inflorescências terminais 7-15 cm compr., 2-3 racemos alternos; inflorescências axilares ausentes; ráquis sem alas laterais. Espiguetas 3,5 x 2-2,5 mm, pareadas, pediceladas, elípticas a obovais, obtusas, não apiculadas, esverdeadas a castanhas, sem máculas; gluma inferior presente; gluma superior 3-3,3 mm compr., 3-nervada, glabra, não papilosa, não ciliadas nas margens; lema inferior 3,5 mm compr., 5-nervado, glabro, hialino no centro, não papiloso, margens glabras; antécio inferior estéril, pálea ausente; antécio superior 3-3,2 x 1,8-2 mm, não estipitado, elíptico a oboval, ápice obtuso, glabro, papiloso, castanho escuro. Cariopse 2,3 x 1,5 mm, oboval, castanha.
Material examinado: BRASIL, BAHIA: Morro do Chapéu, 5.V.2007, fl., R.P. Oliveira et al. 1331 ( HUEFS). Piatã, 27.II.2009, fl., M.L. Guedes et al. 14570 ( ALCB). Ocorre no Paraguai, Bolívia e Brasil ( Oliveira & Valls 2008). No Brasil está presente em todas as regiões do país, exceto a região Norte ( Flora do Brasil 2020). Paspalum rojasii diferencia-se das demais espécies perenes da área de estudo pela sua espigueta elíptica a oboval, obtusa, lema hialino no centro, e antécio castanho escuro. É uma espécie altamente polimórfica, formando um complexo ( Oliveira 2004). No material M.L. Guedes et al. 14570, as espiguetas são mais obovais e os lemas inferiores são levemente plicados. Na Chapada Diamantina é encontrado em áreas de cerrado e ocasionalmente em campo rupestre, preferindo substrato arenoso ( Oliveira 2004).
Paspalum rupium Renvoize, Kew Bull. View in CoL 39:179. 1984. ( Fig. 5 C View Figs ; Figs. 10 View Figs M-Q)
Plantas perenes, rizomatosas, os rizomas curtos e grossos, 34-50 cm alt. Colmos 2-4 nós, não invaginados. Folhas concentradas na base; bainhas desfiadas na base cobrindo os rizomas, não infladas, as inferiores velutinas, margens pilosas; lígula 0,5-1,8 mm compr.; aurículas ausentes; lâminas 6-20 x 2-2,5 cm, planas a filiformes, convolutas, glabras, base truncada. Inflorescências terminais 3,5-9 cm compr., 2-4 racemos alternos; inflorescências axilares ausentes; ráquis com alas laterais, 1-1,5 mm larg. Espiguetas 2,5-2,9 x 1-1,2 mm, pareadas, pediceladas, elípticas, agudas, não apiculadas, esverdeadas, às vezes com manchas vináceas; gluma inferior ausente; gluma superior 2-2,9 mm compr., 3-nervada, glabra, não papilosa, não ciliadas nas margens; lema inferior 2,5-2,9 mm compr., 3-nervado, glabro, não hialino, não papiloso, margens glabras; antécio inferior estéril, pálea ausente; antécio superior 2,2-2,5 x 0,9-1,2 mm, não estipitado, elíptico, ápice obtuso, glabro, liso, estramíneo. Cariopse não vista. Material examinado: BRASIL. BAHIA: Mucugê , 14.II.2005, fl., R.M. Harley 1170 ( HUEFS) ; 14.X.2012, fl., K.M. Pimenta et al. 551 ( HUEFS) . Palmeiras , 22.X.1999, fl., A.A. Conceição 613 ( HUEFS) .
Nativa do Brasil e endêmica do estado da Bahia ( Flora do Brasil 2020). Paspalum rupium é reconhecido pelos rizomas curtos cobertos pelas bainhas inferiores velutinas. Dos materiais examinados, R.P. Oliveira. et al. 1348 (Morro do Chapéu), apresentou aspectos morfológicos um pouco distintos dos demais, com mais ramos nas inflorescências (até 21), e lâminas foliares lineares, planas, com 1 cm de largura, diferente do padrão geral encontrado na Chapada Diamantina, com lâminas foliares filiformes, convolutas, com 2-2,5 mm de largura. Na Chapada Diamantina é encontrado principalmente em áreas de cerrado e campo rupestre.
Paspalum scalare Trin., Sp. Gram. 3: t. 274. 1829. ( Figs. 5 D, E View Figs )
Plantas perenes, cespitosas, muito ramificadas, ca. 30 cm alt. Colmos com 10-20 nós, não invaginados. Folhas distribuídas ao longo do colmo; bainhas não desfiadas, não infladas, glabras a pilosas, as inferiores glabras a pilosas, margens densamente pilosas; lígula 0,5-1 mm compr.; aurículas ausentes; lâminas 0,5-4 x 0,1 cm, lineares, planas, hirsutas, base truncada. Inflorescências terminais 2-3,5 cm compr., 1(5) racemos; inflorescências axilares ausentes; ráquis sem alas laterais. Espiguetas 1,2-1,5 x 0,5-0,8 mm, pareadas, pediceladas, elípticas, agudas, não apiculadas, esverdeadas, sem máculas; gluma inferior ausente; gluma superior 1,2-1,5 mm compr., 3-nervada, pilosa, com tricomas tuberculados, não papilosa, não ciliada nas margens; lema inferior 1,2-1,5 mm compr., 2-nervado, piloso, tricomas tuberculados, não hialino, não papiloso, margens glabras; antécio inferior estéril, pálea ausente; antécio superior 1,2-1,5 x 0,5-0,8 mm, não estipitado, elíptico, ápice obtuso, glabro, levemente papiloso, estramíneo. Cariopse não vista.
Material examinado: BRASIL, BAHIA: Rio de Contas, 22.VI.1929, fl., S.A. Mori et al. 12479 ( CEPEC); Pico das Almas, 18.I.2003, fl., M.C. Ferreira et al. 1321 ( HUEFS); 18.X.2012, fl., R.P. Oliveira et al. 2160, 2167 ( HUEFS). Esta espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste ( Flora do Brasil 2020). Paspalum scalare caracteriza-se pelos colmos muito ramificados, com muitos nós, entre 10-20, e lâminas foliares patentes, formando ângulos de 90º com o colmo. É semelhante a P. parviflorum , porém sua quantidade inferior de nós, 3-4, a diferencia de P. scalare , que apresenta 10-20 nós. Na Chapada Diamantina é encontrado principalmente em áreas de campo rupestre.
Paspalum scutatum Nees ex Trin., Gram. Panic. 105. 1826.
( Fig. 5 F View Figs ; Figs. 10 View Figs R-U)
Plantas anuais, cespitosas, ca. 36 cm alt. Colmos com ca. 3 nós, não invaginados. Folhas distribuídas ao longo do colmo; bainhas não desfiadas, não infladas, pilosas, as inferiores geralmente híspidas, margens pilosas; lígula 2-3 mm compr.; aurículas ausentes; lâminas 3-7,5 x 0,4-0,6 cm, lanceoladas, planas, pilosas a glabras, base truncada. Inflorescências terminais 3,7-5,5 cm compr., 2-3 racemos alternos; inflorescências axilares ausentes; ráquis sem alas laterais. Espiguetas 1,8-2 x 1,8-2 mm, pareadas, pediceladas, escudadas, agudas, apiculadas, paleáceas, sem máculas; gluma inferior ausente; gluma superior 1,8-2 mm compr., 5-nervada, glabra, não papilosa, não ciliadas nas margens; lema inferior 1,7-1,9 mm compr., nervuras não evidentes, glabro, não hialino, não papiloso, margens glabras; antécio inferior estéril, pálea ausente; antécio superior ca. 1,5 x 1,3 mm, não estipitado, oboval, ápice obtuso, glabro, liso, estramíneo. Cariopse não vista.
Material examinado: BRASIL, BAHIA: Lençóis, 27.IV.1978, fl., S.A. Mori et al. 10015 ( CEPEC). Morro do Chapéu , 19.II.2012, fl., K.M. Pimenta & R.P. Oliveira 304 ( HUEFS) .
Endêmica do Brasil ocorre somente na região Nordeste ( Flora do Brasil 2020), exclusivamente associada ao semiárido. Paspalum scutatum caracteriza-se pelas espiguetas tipicamente em forma de escudo, e poderia realmente ser confundida com P. fimbriatum , porém esta espécie possui fímbrias que se prolongam da gluma superior, as quais não formam um escudo. Na Chapada Diamantina é encontrado em áreas de caatinga.
Paspalum trichostomum Hack., Oesterr. Bot. Z. View in CoL 51:236. 1901.
( Fig. 5 G View Figs )
Plantas perenes, cespitosas, ca. 45 cm alt. Colmos com 2-3 nós, não invaginados. Folhas concentradas na base; bainhas desfiadas, não infladas, glabras a pilosa, as inferiores pilosas, margens pilosas; lígula ca. 0,5 mm compr.; aurículas ausentes; lâminas 14-16 x 0,3-0,4 cm, lineares, planas, pilosas, base truncada. Inflorescências terminais 6-9 cm compr., 2-3 racemos alternos; inflorescências axilares ausentes; ráquis sem alas laterais. Espiguetas 2,9-3 x 1,8 mm, pareadas, pediceladas, elípticas, agudas, não apiculadas, esverdeadas a vináceas, sem máculas; gluma inferior ausente; gluma superior ca. 2,9 mm compr., 3-nervada, glabra, não papilosa, não ciliada nas margens; lema inferior ca. 2,9 mm compr., 5-nervado, glabro, não hialino, não papiloso, margens glabras; antécio inferior estéril, pálea ausente; antécio superior 2,8-2,7 x 1,5 mm, não estipitado, elíptico, ápice agudo, glabro, papiloso, castanho, estramíneo. Cariopse não vista.
Material examinado: BRASIL, BAHIA: Rio de contas, 05.III.1994, fl., N. Roque et al. s.n. (203428 HUEFS) .
Endêmica do Brasil, ocorrendo nos estados de Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso ( Flora do Brasil 2020) e Bahia. Paspalum trichostomum compartilha com P. loefgrenii a base da planta com bainhas senescentes desfiadas, formando um emaranhado de folhas secas, e espiguetas com ápice agudo; porém podem ser distintas principalmente pela dimensão das lâminas foliares as quais em P. loefgrenii são longas com 25,5-53 cm de comprimento, enquanto que em P. trichostomum são curtas com 14-16 cm de comprimento.
CEPEC |
CEPEC, CEPLAC |
HUEFS |
Universidade Estadual de Feira de Santana |
SPF |
Universidade de São Paulo |
CEN |
EMBRAPA Recursos Geneticos e Biotecnologia - CENARGEN |
ALCB |
Universidade Federal da Bahia, Campus Universitário de Ondina |
No known copyright restrictions apply. See Agosti, D., Egloff, W., 2009. Taxonomic information exchange and copyright: the Plazi approach. BMC Research Notes 2009, 2:53 for further explanation.
Kingdom |
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Phylum |
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Class |
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Order |
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Family |
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Genus |
Paspalum plenum Chase, Contr. U.S. Natl. Herb.
Pimenta, Karena M., Rua, Gabriel H. & Oliveira, Reyjane P. 2019 |
Paspalum rupium
Renvoize 1984: 179 |
Paspalum rojasii
Hack. 1909: 369 |
Paspalum trichostomum
Hack., Oesterr. Bot. Z. 1901: 236 |
Paspalum pumilum
Nees, Fl. Bras. Enum. Pl. 1829: 52 |