Paspalum hyalinum Nees ex Trin., Gram. Panic.
publication ID |
https://doi.org/ 10.21826/2446-82312019v74e2019011 |
persistent identifier |
https://treatment.plazi.org/id/038D8793-2D0F-D419-E4EE-3CE1FAA93316 |
treatment provided by |
Felipe |
scientific name |
Paspalum hyalinum Nees ex Trin., Gram. Panic. |
status |
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Paspalum hyalinum Nees ex Trin., Gram. Panic. View in CoL 103. 1826.
Plantas perenes, cespitosas, ca. 30 cm alt. Colmos com ca. 5 nós, não invaginados. Folhas concentradas na base; bainhas não desfiadas, não infladas, pilosas, as inferiores hirsutas, margens pilosas; lígula ca. 1 mm compr.; aurículas ausentes; lâminas 3,5-9 x 1-2 cm, lineares, planas, densamente pilosas, base arredondada. Inflorescências terminais ca. 4 cm compr., 2 racemos alternos; inflorescências axilares ausentes: ráquis sem alas laterais. Espiguetas ca. 1,8 x 1 mm, solitárias, pediceladas, elípticas, agudas, não apiculadas, esverdeadas com manchas vináceas; gluma inferior ausente; gluma superior 1,8- 1,9 mm, 2-nervada, glabra, não papilosa, não ciliada nas margens; lema inferior ca. 1,7 mm compr., (2)5-nervado, glabro, hialino no centro, não papiloso, margens glabras; antécio inferior estéril, pálea ausente; antécio superior 1,5- 1,6 x 0,8-0,9 mm, não estipitado, elíptico, ápice obtuso, glabro, levemente papiloso, estramíneo. Cariopse não vista. Material examinado: BRASIL, BAHIA: Entre Rios , 17.III.2010, fl., J.G. Carvalho-Sobrinho & R.F. Machado 2830 ( HUEFS). Rio de Contas , 18.X.12, fl., R.P. Oliveira et al. 2176 ( HUEFS) .
Ocorre da Guiana até o Paraguai e Brasil ( Oliveira & Valls 2001). No Brasil ocorre em todas as regiões ( Flora do Brasil 2020). Paspalum hyalinum caracteriza-se pela espigueta com até 1,8 mm de comprimento. e glabra com uma porção hialina no centro do lema superior.Assemelhase a P. minarum Hack. , porém não apresenta a mancha em forma de V no lema superior característica dessa espécie. Segundo Sendulsky & Burman (1980) pode ser encontrada em diversos ambientes, sugerindo uma ampla tolerância ambiental.
Paspalum lanciflorum Trin., Sp. Gram. 3. 286. 1829. ( Fig. 4 A View Figs ; Figs. 7 View Figs O-S)
Plantas perenes, cespitosas, 70-150 cm alt. Colmos com ca. 4 nós, não invaginados. Folhas distribuídas ao longo do colmo; bainhas não desfiadas, não infladas, pilosas, as inferiores glabras a pilosas, margens glabras; lígula 3,5-4 mm compr.; aurículas ausentes; lâminas 12,5-18 x 0,5-0,7 cm, linear-lanceoladas, planas, hirsutas, base truncada. Inflorescências terminais 8-11 cm compr., (2)3-5 racemos subconjugados; inflorescências axilares ausentes; ráquis com alas laterais membranáceas amareladas até castanhas, 5-6 mm larg. Espiguetas 4,5-7 x 1,9-2,1 mm, solitárias, sésseis, lanceoladas, agudas, não apiculadas, paleáceas, sem máculas; gluma inferior ausente; gluma superior 3-nervada, pilosa, com tricomas longos na base, não papilosa, ciliada nas margens; lema inferior 5,5-6 mm compr., glabro, não hialino, não papiloso, ciliado nas margens; antécio inferior estéril, pálea ausente; antécio superior 3-4 x 1 mm, estipitado, linear, ápice agudo, glabro, escabro no ápice, liso, estramíneo. Cariopse não vista.
Material examinado: BRASIL, BAHIA: Abaíra , 13.IV.1992, fl., W. Ganev 144 ( HUEFS) ; 30.V.2003, fl., M.J.G Andrade & A.S. Conceição 333 ( HUEFS) . Barra da Estiva , 22.V.1991, fl., E.B. Santos & S. Mayo 261 ( CEPEC) . Rio de Contas , 16.IV.2003, fl., A.M. Giulietti et al. 2240 ( HUEFS) .
Ocorre no Panamá, Colômbia, Guiana, Suriname, Venezuela, Brasil e Bolívia. No Brasil, ocorre nas Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste ( Flora do Brasil 2020), sendo um novo registro de ocorrência para a Bahia. Paspalum lanciflorum é reconhecido pelas inflorescências com 3-5 ramos subconjugados, com alas laterais de 5-6 mm de largura, douradas, e espiguetas lanceoladas e pilosas. Esta espécie é muito semelhante a P. stellatum , sendo diferenciadas principalmente pelo número de ramos da inflorescência, a qual em P. lanciflorum apresenta-se com 3-6 ramos (vs. 1(2) ramos em P. stellatum ) e o tamanho das espiguetas, 4,5-7 mm de comprimento em P. lanciflorum vs. 2,4–4 mm de comprimento em P. stellatum ( Denham et al. 2002) . Na Chapada Diamantina é encontrado principalmente em áreas de cerrado e campo rupestre.
Paspalum ligulare Nees, Fl. Bras. Enum. 2:60. 1829. ( Figs. 7 View Figs T-W)
Plantas perenes, cespitosas, ca. 60 cm alt. Colmos com ca. 4 nós, não invaginados. Folhas distribuídas ao longo do colmo; bainhas não desfiadas, não infladas, glabras, as inferiores não velutinas na base, margens glabras; lígula 1,6-4 mm compr.; aurículas ausentes; lâminas 7-41 x 0,3- 0,5 cm, lineares, planas, glabra a pilosa, base truncada. Inflorescências terminais 16-17 cm compr., 8-9 racemos alternos; inflorescências axilares ausentes; ráquis sem alas laterais. Espiguetas ca. 2,5 x 1,5 mm, pareadas, pediceladas, oblongas, agudas, apiculadas, esverdeadas, sem máculas; gluma inferior ausente; gluma superior ca. 2,5 x 1,5 mm compr., 3-nervada, glabra, sem tricomas, não papilosas, não ciliada nas margens; lema inferior 2,5- 1,4 mm compr., 3-nervado, glabro, não hialino, não papiloso, margens glabras; antécio inferior estéril, pálea ausente; antécio superior 2,4-2,5 x 2,5 mm, não estipitado, oblongo, ápice agudo, glabro, papiloso, estramíneo. Cariopse não vista.
Material examinado: BRASIL, BAHIA: Morro do Chapéu , 3.V.2007, fl., R.P. Oliveira & G.H. Rua 1268 ( HUEFS) .
Ocorre na América Central e Brasil ( Swallen 1955). No Brasil ocorre nas regiões Nordeste e Sudeste ( Flora do Brasil 2020). Até então, Paspalum ligulare não havia sido enquadrada em nenhum grupo informal, logo, por ser morfologicamente semelhante a Paspalum pleostachyum Döll , foi aqui inserida no grupo informal Caespitosa. Paspalum ligulare caracteriza-se pela sua lígula bem desenvolvida, com até 4 mm de comprimento, lâminas foliares lineares planas e espiguetas com até 2,5 mm de comprimento, com gluma superior e lema inferior glabros. Na Chapada Diamantina é encontrado principalmente em área de caatinga.
Paspalum lineare Trin., Gram. Panic. 99, 1826. ( Figs. 8 View Figs A-D)
Plantas perenes, cespitosas, 46-52 cm alt. Colmos com ca. 3 nós, não invaginados. Folhas distribuídas ao longo do colmo; bainhas não desfiadas, não infladas, glabras a levemente pilosas, as inferiores geralmente velutinas na base, margens glabras a pilosas; lígula 3-5 mm compr.; aurículas ausentes; lâminas 10-20 x 0,1 cm, filiformes, convolutas, glabras a pilosas, base truncada. Inflorescências terminais 4,5-9 cm compr., 2-3(4) racemos conjugados a subconjugados; inflorescências axilares ausentes; ráquis sem alas laterais. Espiguetas 4-5 x 1,3-2 mm, solitárias, pediceladas, elípticas, agudas, não apiculadas, esverdeadas, sem máculas; gluma inferior ausente; gluma superior 2,5-5 mm compr., (3)5-nervada, glabra a pilosa, com tricomas tuberculados na base, não papilosas, não ciliada nas margens; lema inferior 4-4,5 mm compr., 5-nervado, glabro, não hialino, não papiloso, margens glabras; antécio inferior estéril, pálea ausente; antécio superior 4-4,5 x 1-1,5 mm, elíptico, ápice obtuso, glabro, liso, estramíneo. Cariopse não vista.
Material examinado: BRASIL, BAHIA: Cascavel , 21.III.1999, fl., R.M. Harley et al. 53564 ( HUEFS) . Piatã , 26.XII.1992, fl., R.M. Harley et al. 50411 ( CEPEC, HUEFS, SPF) . Rio de Contas , 10.VIII.2000, fl., R.P. Oliveira et al. 612 ( HUEFS) .
Ocorre na Costa Rica, Cuba e Antilhas, até Argentina e Brasil ( Oliveira & Valls 2001). No Brasil ocorre em todas as regiões ( Flora do Brasil 2020). Paspalum lineare possui nós barbados ( Trinius 1826; Chase 1929), apesar da variação desse caráter citada por Oliveira & Valls (2002), nos materiais da Chapada Diamantina os caracteres mantiveram-se constantes. O material analisado tem evidências de fogo antes da floração, evidenciando relação fenológica com a queima periódica da vegetação ( Zuloaga & Morrone 2005). Embora normalmente a gluma superior esteja ausente nessa espécie, no material A.A. Conceição 4157 foi verificada a presença dessa estrutura, porém reduzida. Na Chapada Diamantina é encontrado em áreas de cerrado e campo rupestre.
Paspalum loefgrenii Ekman, Ark. Bot. 10(17):15 1911. ( Fig. 8 E View Figs )
Plantas perenes, cespitosas, 90-150 cm alt. Colmos com ca. 3 nós, não invaginados. Folhas distribuídas ao longo do colmo; bainhas desfiadas na base, não infladas, glabras, as inferiores vilosas na base, margens glabras; lígula ca. 1,5 mm compr.; aurículas ausentes; lâminas 25,5-53 x 0,7-1,5 cm, linear-lanceoladas, planas, glabra a levemente pilosas, base truncada. Inflorescências terminais 18-30 cm compr., 10-14 racemos alternos; inflorescências axilares ausentes; ráquis sem alas laterais. Espiguetas 3-3,2 x 1,5 mm, pareadas, pediceladas, elípticas, agudas, não apiculadas, esverdeadas com manchas vináceas; gluma inferior ausente; gluma superior 2,9-3 mm compr., 5-nervada, pilosa, com tricomas adpressos, não papilosas, não ciliada nas margens; lema inferior 3-3,2 mm compr., 3-nervado, piloso, não hialino, não papiloso, margens glabras; antécio inferior estéril, pálea ausente; antécio superior 2,9-3 x 1,5 mm, não estipitado, elíptico, ápice agudo, glabro, levemente papiloso, estramíneo. Cariopse não vista.
Material examinado: BRASIL, BAHIA: Mucugê , 13.II.1997, fl., L. Passos et al. 5552 ( ALCB, HUEFS) . Rio de Contas , 2.II.1997, fl., B. Stannard et al. 4870 ( ALCB, HUEFS) . Umburanas , 1.IV.1999, fl., L.P. Queiroz et al 5313 ( HUEFS) .
Ocorre na Guiana e Brasil ( Renvoize 1984). No Brasil ocorre nas regiões Norte e Nordeste ( Flora do Brasil 2020). Paspalum loefgrenii é distinta das demais espécies da área de estudo pelo conjunto de folhas alongadas, com 25,5- 53 cm de comprimento, e base da planta com bainhas senescentes desfiadas, formando um emaranhado de folhas secas, e espiguetas com ápice agudo. O antécio de P. loefgrenii possui um estreitamento na base, não sendo, porém, estipitado. O material A.A. Conceição 3148 apresentou-se com um porte mais delicado que os demais materiais analizados, com base foliar densamente vilosa e pouco desfiada. Na Chapada Diamantina é encontrado em áreas de cerrado e campo rupestre.
Paspalum maculosum Trin., Gram. Panic. 98. 1826. ( Figs. 8 View Figs F-J)
Plantas perenes, rizomatosas, ca. 100 cm alt. Colmos com ca. 9 nós, não invaginados. Folhas distribuídas ao longo do colmo; bainhas não desfiadas, não infladas, pilosas a vilosas, as inferiores glabras, margens glabras a pilosas; lígula ca. 0,5 mm compr.; aurículas ausentes; lâminas ca. 30 x 0,2 cm, filiformes, convolutas, pilosas, base truncada. Inflorescências terminais ca. 7,5 cm compr., 2 racemos conjugados; inflorescências axilares ausentes; ráquis sem alas laterais. Espiguetas 2,2-2,5 x 1,2 mm, solitárias, pediceladas, elípticas, agudas, não apiculadas, castanhas com máculas douradas; gluma inferior ausente; gluma superior 2,2-2,5 mm compr., 5-nervada, glabra, papilosa, não ciliada nas margens; lema inferior 2,5- 2,2 mm compr., 3-nervado, glabro, não hialino, não papiloso, margens glabras; antécio inferior estéril; pálea ausente; antécio superior 2,2-2,5 x 1,2 mm, não estipitado, elíptico, ápice obtuso, glabro, liso, estramíneo. Cariopse não vista. Material examinado: BRASIL, BAHIA: Abaíra , 17.I.2003, fl., L.R. Senna et al. 87 ( HUEFS). Rio de Contas , 3.III.1994, fl., C.M. Atkins et al. 14785 ( SPF) .
Ocorre da Guiana até Argentina, Uruguai e Brasil ( Oliveira & Valls 2001). No Brasil ocorre em todas as regiões ( Flora do Brasil 2020). Paspalum maculosum caracteriza-se pelos rizomas arqueados cobertos de catáfilos e pela gluma superior e a lema inferior papilosos e com máculas douradas; porém, este último caráter é variável e ocasionalmente as espiguetas não têm máculas ( Zuloaga et al. 2004). Na Chapada Diamantina é encontrado em áreas de campo rupestre.
Paspalum madorense Renvoize, Kew Bull. View in CoL 39:179. 1984.
( Fig. 4 C View Figs ; Figs. 8 View Figs H-J)
Plantas perenes, rizomatosas, ca. 40 cm alt. Colmos com 9-15 nós, invaginados. Folhas distribuídas ao longo do colmo; bainhas não desfiadas, não infladas, glabras, as inferiores glabras, margens glabras; lígula ca 0,5 mm compr.; aurículas ausentes; lâminas 8-11,5 x 3-4 cm, lineares, planas, glabras, base truncada. Inflorescências terminais 4-5,5 cm compr., 2(3) racemos subconjugados; inflorescências axilares ausentes; ráquis sem alas laterais. Espiguetas 2,2-2,5 x 1-1,2 mm, solitárias, pediceladas, elípticas, obtusas, não apiculadas, esverdeadas a paleáceas, sem máculas; gluma inferior ausente; gluma superior 2,2- 2,5 mm compr., 3-nervada, glabra, não papilosas, não ciliada nas margens; lema inferior 2-2,2 mm compr., 3-nervado, glabro, não hialino, não papiloso, margens glabras; antécio inferior estéril, pálea ausente; antécio superior 2-2,2 x 1-1,2 mm, não estipitado, elíptico, ápice obtuso, glabro, liso, estramíneo. Cariopse não vista.
Material examinado: BRASIL, BAHIA: Morro do Chapéu, 6.V.2007, fl., R.P. Oliveira et al. 1337 ( HUEFS). Endêmica do Brasil , exclusiva do estado da Bahia ( Flora do Brasil 2020). Paspalum madorense destaca-se pelas espiguetas obtusas solitárias e colmo ‘invaginado’, ou seja, as bainhas foliares circundam conspicuamente o eixo do caule. A região de diferenciação entre bainha e lâmina, inclusive a lígula, não são muito bem definidas nessa espécie, tornando pouco evidentes tais estruturas. Na Chapada Diamantina é encontrado próximo a leito de rios .
HUEFS |
Universidade Estadual de Feira de Santana |
CEPEC |
CEPEC, CEPLAC |
SPF |
Universidade de São Paulo |
ALCB |
Universidade Federal da Bahia, Campus Universitário de Ondina |
No known copyright restrictions apply. See Agosti, D., Egloff, W., 2009. Taxonomic information exchange and copyright: the Plazi approach. BMC Research Notes 2009, 2:53 for further explanation.
Kingdom |
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Phylum |
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Class |
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Order |
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Family |
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Genus |
Paspalum hyalinum Nees ex Trin., Gram. Panic.
Pimenta, Karena M., Rua, Gabriel H. & Oliveira, Reyjane P. 2019 |
Paspalum madorense
Renvoize 1984: 179 |