Tabebuia elliptica (DC.) Sandwith, Candollea

Johanes, Isabella, Costa, Swami Leitão, Lohmann, Lúcia Garcez & Melo, José Iranildo Miranda de, 2022, Flora da Paraíba (Brasil): Aliança Tabebuia e Tribo Jacarandeae (Bignoniaceae), Iheringia, Série Botânica (e 2022018) 77, pp. 1-18 : 15

4.2. Tabebuia elliptica (DC.) Sandwith, Candollea 7: 253. 1937.

( Figura 6 N )

Árvores, 10−30 m alt.; ramos cilíndricos, lisos, sem lenticelas, lepidotos. Folhas 3-5-folioladas, palmadas; pecíolo 7,4−10,5 cm compr., glabro; peciólulos 0,3−0,6 cm compr., glabros; folíolos concolores, cartáceo-papiráceos, elípticos a ovados, ápice cuneado a cuspidado, base cuneada a arredondada, 3,5−8,3 × 2,1−4 cm, margem inteiraserreada, densamente lepidoto em ambas as faces, venação broquidódroma. Inflorescência em panícula, terminal, 11,8−13,5 cm compr., glabra. Cálice verde-vináceo campanulado, 2-lobado, 1,2−1,5 × 0,5−0,9 cm, velutino, glabro, lobos acuminados; corola branca com fauce amarela, sem guias de néctar, infundibuliforme, 7,3−7,6 × 1,2−1,6 cm, glabra externamente, pilosa internamente; estames insertos, anteras bitecas, 0,3−0,4 cm compr., glabras, filetes longos 2,2−2,3 cm compr., filetes curtos 1,4−1,6 cm compr., estaminódio 0,3−0,4 cm compr., pubérulo; ovário ca. 0,5 cm compr., ovoide, lepidoto. Cápsula linear-cilíndrica, base e ápice agudos, 12,1−29,5 × 1,0− 1,7 cm, glabra; sementes elípticas, aladas, ca. 0,3 × 0,5 cm, alas hialinas, membranáceas.

Nomes vernaculares: Ipê branco, pau d’arco branco.

Distribuição: Tabebuia elliptica é característica de áreas de restingas e Mata Atlântica, sendo encontrada desde o litoral paraibano até o Espírito Santo ( Gentry 1992b). Na Paraíba, foi encontrada em áreas de Mata Atlântica.

Fenologia: Foi coletada com flores de novembro a abril, e com frutos em janeiro.

Comentários taxonômicos: Esta espécie caracteriza-se pelos folíolos elípticos a ovados, com margem inteira ou serreada e corola branca com fauce amarela.

Material examinado selecionado: BRASIL, PARAÍBA, Areia , 03.III.2013, fl., S.A.A. Lima 81 ( EAN) ; Ibidem , 16.IV.1993, fl. M.R. Barbosa 1333 ( JPB) ; Ibidem , 10.XII.2001, fl., P.C. Gadelha-Neto et al. 682 ( JPB) ; Ibidem , 17.I.2002, fl., P.C. Gadelha-Neto 695 ( JPB) ; Ibidem , 19.I.2005, fl., P.C. Gadelha-Neto et al. 1324 ( JPB) ; Mataraca , 12.I.2011, fl., fr., R.A. Pontes et al. 677 ( JPB) ; Santa Rita , 28.XI.1979, fl., M.F. Agra 190 ( JPB) ; Ibidem , 15.I.1994, fl., L.P. Felix 6361 ( HACAM) ; Ibidem , 30.I.2013, fl., R.A. Pontes et al. 856 ( JPB) .

Material adicional examinado: BRASIL, BAHIA, Canavieira , 11.IV.1965, fl., R.P. Belém et al. 779 ( NY) ; Lagoa Abaeté , 24.I.1965, fl., R.P. Belém et al. 246 ( NY) . ESPÍRITO SANTO, Linhares , 15.IX.2003, fl., fr., V.B.R. Ferreira 34 ( CVRD) . PERNAMBUCO, Igarassu , 22.I.1959, fl., S. Tavares 467 ( UFP) .

Figures

Figura 6. Caracteres diagnósticos das espécies da Aliança Tabebuia. Godmania dardanoi: A. corola urceolada, B. fruto espiralado com estrias longitudinais. Handroanthus chrysotrichus: C. inflorescência congesta e cálice viloso, D. fruto linear, viloso. Handroanthus impetiginosus: E. fruto com base e ápice agudos e sementes aladas. Handroanthus ochraceus: F. inflorescência com flores pediceladas e cálice com lobos cuneados-agudos, G. Fruto aberto com sementes. H. folíolos com margem inteira a serreada de Handroanthus serratifolius. I. folhas 7-folioladas, margem inteira e venação camptódroma de Handroanthus umbellatus. Jacaranda brasiliana: J. cálice com lobos ovados fendidos até a base, K. fruto oblongo-orbicular. L. folhas pinadas na base e bipinadas no ápice com último folíolo maior de Jacaranda jasminoides. M. cálice irregularmente bilabiado e corola infundibuliforme de Tabebuia aurea. N. cálice 2-lobado e lobos acuminados de Tabebuia elliptica. O. folha 3-foliolada, venação broquidódroma de Tabebuia roseoalba. Tabebuia stenocalyx: P. folha simples oblanceoladas, Q. corola salverforme e cálice tubular. Zeyheria tuberculosa: R. cálice e corola campanulados e rufescentes, S. fruto orbicular, tomentoso a estrelado.