Ommata buddemeyerae Clarke 2010

Santos-Silva, Antonio, Martins, Ubirajara R. & Clarke, Robin O. S., 2010, Contribuição Para O Estudo Dos Rhinotragini (Coleoptera, Cerambycidae). Ii. Revisão De Ommata White, Papéis Avulsos de Zoologia 50 (39), pp. 595-621 : 603-604

publication ID

https://doi.org/ 10.1590/S0031-10492010003900001

DOI

https://doi.org/10.5281/zenodo.13307752

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https://treatment.plazi.org/id/6619DB53-FFFD-FFB5-4B7C-7BE347E2AB61

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Felipe

scientific name

Ommata buddemeyerae Clarke 2010
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Ommata buddemeyerae Clarke 2010 View in CoL

( Figs. 9 View FIGURAS 8‑9 , 12 View FIGURAS 10‑13 )

Ommata (Ommata) buddemeyerae Clarke, 2010: 247 View in CoL .

Diagnose: Assemelha-se a O. hirtipes View in CoL da qual difere pelo protórax mais alongado.

Tegumento brilhante, castanho-enegrecido até preto. Escapo e pedicelo pretos; antenômeros III-VIII, nos dois sexos, castanho-escuros, gradualmente mais claros em direção ao ápice antenal. Antenômero IX dos machos com a metade basal acastanhada e a metade apical branco-amarelada, ou inteiramente acastanhado ou branco-amarelado; nas fêmeas, branco-amarelado. Antenômero X dos machos inteiramente branco-amarelado ou dessa cor apenas na base; nas fêmeas, branco-amarelado. Antenômero XI dos machos acastanhado; nas fêmeas, branco-amarelado na metade basal e acastanhado na metade apical. Pronoto enegrecido nos machos e avermelhado nas fêmeas (caráter que, provavelmente, pode variar). Fêmures castanho-amarelados na maior parte do pedúnculo e castanho-escuros no restante. Tíbias castanho-escuras. Pro- e mesotarsos castanhos; metatarsos castanho-claros.

Macho ( Fig. 12 View FIGURAS 10‑13 ): Rostro curto. Distância entre os lobos oculares superiores igual a aproximadamente o dobro da largura de um lobo. Antenas ultrapassam o ápice do abdome na ponta do antenômero VII (às vezes, no ápice do antenômero VIII); antenômeros IX-XI fortemente engrossados.

Protórax proporcionalmente largo. Pronoto com pelos longos, eretos e dispersos; terço distal com pelos curtos, decumbentes, não concentrados; faixa de pubescência esbranquiçada, moderadamente estreita na base, interligada a uma larga faixa lateral que se projeta em direção à cavidade procoxal e sobe em direção à região látero-anterior do disco; pontuação do disco moderadamente grossa e abundante, principalmente na metade basal, exceto sobre as calosidades que são lisas. Élitros com pontos grossos e esparsos na área circum-escutelar e moderadamente abundantes na área entre a costa úmero-apical e a epipleura (mais finos e dispersos próximo do úmero). Metatarsômero I ( Fig. 9 View FIGURAS 8‑9 ) moderadamente robusto, um pouco mais longo quanto II-III reunidos.

Fêmea: Rostro pouco mais longo do que nos machos; distância entre os lobos oculares inferiores maior do que a largura de um lobo; antenas ultrapassam o ápice abdominal no meio do antenômero IX; disco pronotal mais densamente pontuado do que nos machos.

Dimensões em mm (♂ / ♀) ( Clarke, 2010): Comprimento total, 5,80-7,90/7,50-7,75; comprimento do protórax, 1,20-1,60/1,55-1,60; largura do protórax, 0,90-1,20/1,20-1,25; largura umeral, 1,10-1,50/1,40; comprimento elitral, 4,00-4,30/4,50-4,75.

Tipos, localidade-tipo: Holótipo macho, proveniente da Bolívia (Santa Cruz, Buena Vista , Hotel Flora & Fauna), depositado no MNKM . Parátipos: seis machos e três fêmeas provenientes da Bolívia (Santa Cruz, 5 km SSE Buena Vista e 1 km W de Candelaria), depositados no MZUSP, MNRJ, RCSZ e FSCA.

Distribuição geográfica: Bolívia ( Clarke, 2010).

Discussão: Clarke (2010) comparou O. buddemeyerae com O. hirtipes e O. tibialis , baseado apenas na literatura, e afirmou: “ O. (O.) tibialis (and O. (O.) buddemeyerae ) separated from O. (O.) hirtipes by the more elongate pronotum”; “ O. (O.) buddemeyerae would separate from O. (O.) tibialis by the brushes on metatibia occupying half its length, in the latter more than half ”. Na verdade, o protórax em O. buddemeyerae é pouco mais longo do que no holótipo de O. hirtipes e, quando se comparam fotografias dos holótipos dessas duas espécies e de O. tibialis , observa-se que os três possuem comprimento muito similar, mas que, das três espécies, O. buddemeyerae é a que possui o protórax mais longo. Além disso, conforme visto acima, esse caráter é muito variável e não permite nenhuma comparação confiável. Com relação ao tufo de pelos nas metatíbias, ao contrário do que afirmou Clarke (op. cit.), em O. tibialis ele ocupa toda a metade posterior (macho e fêmea) e, portanto, não permite separar as duas espécies.

Clarke (op. cit.) registrou ainda as seguintes diferenças entre O. buddemeyerae e O. tibialis , que necessitam ser comentadas: “interocular twice width of scape at base ( O. (O.) buddemeyerae almost three times width of scape)”; “pronotum not widened ( O. (O.) buddemeyerae distinctly widened behind middle)”; “elytra 2.5 times longer than pronotum ( O. (O.) buddemeyerae 3.0 longer)”. Embora Fuchs (1961) tenha registrado “Stirn zwischen den Augen doppelt so breit wie dei Dicke der Basis des ersten Fühlergliedes”, o exame da fotografia do holótipo fêmea mostra perfeitamente que a distância entre os lobos oculares (superiores e inferiores) é idêntica aquela de O. buddemeyerae e que, sem dúvida, essa distância não é igual ao dobro da largura do escapo na base, conforme afirmou Fuchs (op. cit.), mas sim, igual a aproximadamente o triplo da largura. O protórax nessas duas espécies é proporcionalmente muito similar e, embora seja uniformemente mais estreito em O. tibialis , nas duas espécies são alargados na região mediana e suavemente mais estreitos no ápice do que na base. Fuchs (op. cit.) registrou, equivocadamente: “Die Flügeldecken sind zwei und einhalb mal solang wie der Prothorax“. Na realidade, os élitros do holótipo fêmea de O. tibialis são um pouco mais longos do que o triplo do comprimento do protórax, portanto, como em O. buddemeyerae .

Para este estudo, examinamos o holótipo e os parátipos de O. buddemeyerae .

MZUSP

Museu de Zoologia da Universidade de Sao Paulo

MNRJ

Museu Nacional/Universidade Federal de Rio de Janeiro

FSCA

Florida State Collection of Arthropods, The Museum of Entomology

Kingdom

Animalia

Phylum

Arthropoda

Class

Insecta

Order

Coleoptera

Family

Cerambycidae

Genus

Ommata

Loc

Ommata buddemeyerae Clarke 2010

Santos-Silva, Antonio, Martins, Ubirajara R. & Clarke, Robin O. S. 2010
2010
Loc

Ommata (Ommata) buddemeyerae

CLARKE, R. O. S. 2010: 247
2010
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