Cavia aperea (Ximenez, 1980)
publication ID |
https://doi.org/ 10.1590/S0031-10492012000300001 |
persistent identifier |
https://treatment.plazi.org/id/0A2D87A7-FFC8-FD75-7C8D-6A1B6F6151FA |
treatment provided by |
Felipe |
scientific name |
Cavia aperea |
status |
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C. aperea View in CoL e C. magna
Considerando-se o número relativamente gran- de de exemplares examinados de cada espécie no presente estudo, nenhum caráter no sincrânio, isoladamente, foi identificado como definitivamente distintivo entre C. aperea e C. magna , mas em conjunto permitem sua diferenciação, como já implícito na descrição original desta espécie. Ximenez (1980) apontou como características cranianas distinguíveis entre C. aperea pamparum e C. magna o comprimento das apófises paraoccipitais e a altura do forâmen infra-orbital, além do fato de a última espécie alcançar dimensões maiores.
Em C. magna , as apófises paraoccipitais são mais longas e pouco curvas, mesmo em indivíduos jovens. No entanto, em alguns exemplares de C. aperea estas apófises atingem comprimento considerável (e.g., AX 8565 e 8614) e em um espécimen (AX 8584) elas são longas e pouco curvas.
Relação similar foi observada quanto às dimensões do forâmen infra-orbital. Em alguns exemplares de C. aperea , geralmente os mais velhos, suas dimensões são semelhantes àquelas encontradas em C. magna .
Adicionalmente, outros caracteres cranianos podem ser utilizados para distinguir C. aperea e C. magna . A área ocupada pela fossa massetérica rostral sobre o pré-maxilar é maior em C. magna . Nesta espécie o limite anterodorsal desta fossa está, muitas vezes, sobre a sutura pré-maxilo-maxilar. Esta condição não foi observada em C. aperea , na qual aquele limite é sempre ventroposterior a essa sutura. No entanto, em alguns exemplares de C. magna (e.g., AX 8578) o pré- -maxilar tem uma participação relativamente pequena na fossa massetérica e o limite anterodorsal desta fossa é posterior à sutura pré-maxilo-maxilar, caracteres usuais em C. aperea .
A raiz ventral do processo zigomático do maxilar, além de geralmente mais desenvolvida em C. magna , apresenta sulcos em sua face lateral partindo da sutura maxilojugal. Pouquíssimos exemplares de C. magna não apresentam esses sulcos e, por outro lado, raramente estão presentes em C. aperea .
A presença de um sulco estreito e bem delimitado na região da sutura intermaxilar no palato é usual em C. magna , as exceções sendo constituídas por exemplares muito grandes (e.g., AX 8573 e 8574). Quando presente em C. aperea , este sulco é mais largo e raso, com uma exceção (AX 8545), onde está mais bem delineado. A crista palatina é geralmente muito estreita em C. magna e usualmente mais larga em C. aperea .
Em C. magna a porção posterior da superfície dorsal dos frontais e os parietais são mais convexos laterolateralmente do que em C. aperea .
Na maioria dos exemplares de C. aperea há uma crista mediana na metade ou nos dois terços posteriores do basisfenóide, ainda que tênue em alguns exemplares. Esta crista raramente ocorre em C. magna .
Com relação à dentição, três caracteres foram mencionados por Ximenez (1980) na descrição de C. magna :
1. “Incisivos superiores generalmente proodontes” ( Ximenez, 1980:149). Em C. aperea eles são geralmente opistodontes, mas alguma variação pode ser encontrada quanto à procumbência dos incisivos, principalmente em C. aperea , em que alguns exemplares apresentam uma opistodontia pouco marcada ou ainda proodontia. Por outro lado, em alguns exemplares de C. magna os incisivos superiores são levemente opistodontes. Outro caráter distintivo nos incisivos superiores é a largura destes, maior em C. magna .
2. “...los prismas fundamentales anteriores de cada molar superior están poco comprimidos anteroposteriormente y nunca presentan forma laminar...” ( Ximenez, 1980:149). Apesar de os maiores valores ocorrerem em C. magna , observou-se certa sobreposição entre o comprimento dos prismas anteriores nestas duas espécies.
3. “...los prismas posteriores [dos molares superiores] están incididos por el repliegue mediano que en esta especie [ C. magna ] es poco profundo” ( Ximenez, 1980:149). Este caráter foi corroborado aqui e está também associado à ausência/ escassez de cemento neste “repliegue” (a fenda terciária externa) em C. magna .
Foram observados dois outros caracteres dos molariformes que auxiliam na distinção entre essas duas espécies: o menor desenvolvimento do prolongamento anterior à fenda terciária externa em C. magna e a presença de uma constrição na base do prolongamento posterior a esta fenda em C. aperea .
No known copyright restrictions apply. See Agosti, D., Egloff, W., 2009. Taxonomic information exchange and copyright: the Plazi approach. BMC Research Notes 2009, 2:53 for further explanation.