Psapharochrus nearnsi, Martins & Galileo, 2010

Martins, Ubirajara R. & Galileo, Maria Helena M., 2010, Novas Espécies De Lamiinae (Cerambycidae) Neotropicais E Transferência De Palpicrassus Galileo & Martins, 2007, Papéis Avulsos de Zoologia 50 (44), pp. 681-691 : 683-684

publication ID

https://doi.org/ 10.1590/S0031-10492010004400001

DOI

https://doi.org/10.5281/zenodo.12685480

persistent identifier

https://treatment.plazi.org/id/03A85565-432B-FFDB-FF02-3C42FEBBFE44

treatment provided by

Felipe

scientific name

Psapharochrus nearnsi
status

sp. nov.

Psapharochrus nearnsi View in CoL sp. nov.

Fig. 2 View FIGURAS 1‑4

Etimologia: O nome específico é uma homenagem a Eugenio H. Nearns ( University of New México) um dos coletores do holótipo .

Fronte com tegumento castanho-avermelhado revestido por pubescência esparsa e amarelada. Vértice com faixa longitudinal de tegumento avermelhado, ladeada por mancha triangular de pubescência branca que se inicia atrás dos lobos oculares superiores. Restante da cabeça com tegumento preto. Olhos divididos com granulação moderada. Lobos oculares superiores tão distantes entre si quando o dobro da largura de um lobo. Lobos oculares inferiores tão longos quanto as genas. Tubérculos anteníferos não projetados. Escapo clavado, com tegumento preto e pelos brancos e esparsos (20x). Antenômero III preto com pelos brancos nos dois terços basais. Antenômeros IV a VII com anel basal de pubescência branca; restante dos antenômeros falta.

Protórax mais largo do que longo, com espinho aguçado no meio dos lados. Pronoto com tegumento castanho-avermelhado, escurecido sobre as elevações dorsais; tubérculos látero-anteriores constituem carenas finas, iniciadas junto à borda anterior e terminadas um pouco à frente do meio; tubérculo central menos projetado e situado no nível do terço posterior. Região entre as carenas com mancha de pubescência branca próximo da orla anterior; faixa basal, transversal, de pubescência branca interrompida no meio. As porções dorsais dos espinhos laterais do protórax com pequeno tufo de pubescência branca. Partes laterais do protórax com tegumento preto e pubescência branca em quase toda a superfície. Processo prosternal curvo, sem elevações. Escutelo com tegumento preto na borda que é coberta por pubescência preta e, a parte central, com pubescência branco-amarelada.

Élitros com tegumento castanho-avermelhado com áreas de tegumento preto: faixa transversal, com contorno irregular, estreita, no sexto basal, seguida por mancha preta dorsal de contorno irregular e menor que a faixa transversal; faixa mais larga com contorno irregular, oblíqua em sentido descendente da margem para a sutura, localizada no início do terço apical; pontos pretos nas regiões central e apical dos élitros. Abundantes manchas pequenas de pubescência branca nos lados do escutelo, no terço anterior, na região central e na região apical onde três ou quatro se destacam por apresentarem pelos pouco mais longos. Cristas centro-basais dos élitros, evidentes e iniciadas na base; região entre as cristas com pontos ásperos (25x). Extremidades elitrais cortadas em curva pouco profunda e ligeiramente projetadas no ângulo externo.

Profêmures com tegumento preto na clava e avermelhado no pedúnculo. Meso- e metafêmures com tegumento avermelhado e escurecido na ponta. Todos os fêmures com pelos brancos. Tíbias castanhoavermelhadas com anel central de pubescência branca. Protíbias aplanadas e alargadas no terço apical. Protarsômeros I e II pretos, III preto e avermelhado com pubescência esbranquiçada; V com tegumento avermelhado e pubescência branca. Meso- e metatarsos revestidos por pubescência branca.

Face ventral do corpo com tegumento preto; pubescência amarelo-esbranquiçada, em grande parte do metepisterno, na orla posterior dos mesepimeros, pequena mancha no ápice externo do metasterno e manchas nos lados dos urosternitos.

Dimensões em mm: Comprimento total, 15,3; comprimento do protórax, 3,2; maior largura do protórax, 5,6; comprimento do élitro, 11,0; largura umeral, 7,0.

Material-tipo: Holótipo macho, BOLÍVIA, La Paz: San Miguel del Bala (“lodge along” Rio Beni, 14°34,857’S, 67°36,731’W), 24-30.IX.2007, Nearns, Swift & Miller col., UV & MV light ( MNKM) GoogleMaps .

Discussão: Psapharochrus nearnsi pode ser comparado com P. hebes (Bates, 1861) , largamente distribuída no Equador, Peru, Brasil (Amazonas) e Guiana Francesa, e P. griseomaculatus (Zajciw, 1971) , do Peru, pelas protíbias alargadas e achatadas e o pronoto com elevações. Difere de P. hebes pela disposição dos tubérculos pronotais, pela presença de mancha branca na base e no centro-anterior do pronoto e pela presença de faixa preta, oblíqua, no sexto basal dos élitros. Em P. hebes , os tubérculos látero-anteriores do pronoto são arredondados e não convergentes; o centro do pronoto não tem pubescência branca e não existe a faixa preta perto da base dos élitros.

Separa-se de P. griseomaculatus pela ausência de faixa longitudinal de pubescência branca contínua no pronoto, pela cor do escutelo e pela presença de manchas de pubescência branca, pequenas e irregulares nos élitros. Em P. griseomaculatus , a faixa centro-longitudinal de pubescência branca do pronoto é contínua, o escutelo é revestido por pubescência branca e as manchas brancas dos élitros são muito maiores, algumas perto da base.

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