Alismataceae, E.P.Ventenat, 1799
publication ID |
https://doi.org/ 10.21826/2446-8231201873s117 |
persistent identifier |
https://treatment.plazi.org/id/03958794-543E-FFEE-FF2D-A986FA81A38D |
treatment provided by |
Felipe |
scientific name |
Alismataceae |
status |
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Alismataceae View in CoL View at ENA
Sampaio (1916) cita muitas espécies para o Mato Grosso, mas apenas três espécies para o Mato Grosso do Sul; Dubs (1998) e Pott & Pott (2000) citam a maioria das espécies encontradas no MS, assim como a lista das espécies da Flora do Brasil ( Matias et al. 2012). Segundo Lehtonen (2008), Echinodorus é um grupo muito difícil para identificar devido à grande plasticidade fenotípica e pela falta de coletas adequadas nos herbários, gerando confusão taxonômica e muitas espécies ambíguas levando à sinonimização. Hoehne (1948) já alertava sobre a confusão causada pela heterofilia e a coleta incipiente de material botânico. Segundo Rataj (1975), características diferenciais entre as espécies de Echinodorus são as pontuações ou linhas translúcidas no limbo foliar, que podem estar presentes ou não, vistas por luz transmitida em estereomicroscópio, e que causam confusão na identificação das espécies. Rataj (1968, 1969, 1978) e Haynes & Holm-Nielsen (1985, 1992, 1994) foram os principais descritores de espécies, hoje muitas delas sendo sinonimizadas ( Cook 1978, Lehtonen 2006, 2008 e Lehtonen & Myllys 2008). Estes últimos autores felizmente trabalharam simultaneamente com análise de dados moleculares e características morfológicas, elucidando muitas sinonímias, mas mesmo assim ainda faltam algumas espécies a serem elucidadas.
A família com maior número de espécies é Alismataceae , sendo que o gênero com maior número de espécies é Echinodorus (12 espécies), que somam cerca de 52% da família, e 24% dentro de Alismatales . Por ocasião da publicação do livro de plantas aquáticas do Pantanal (Pott & Pott 2000), apesar das Alismataceae terem sido enviadas ao Dr. Haynes no Herbário UNA, para identificação, muitas espécies de Echinodorus tiveram nomes confundidos pelo especialista. Felizmente Lehtonen (2008), ao analisar esse material, colocou em sua publicação os números dos vouchers dessas coletas, e a lista agora pode ser atualizada com mais segurança. Assim, as plantas apresentadas por Pott & Pott (2000) devem ter as seguintes novas identificações: (APott 4952) Echinodorus grandiflorus passou a se chamar E. longiscapus ; E. lanceolatus (VJPott 402) para E. cylindricus ; E. macrophyllus subsp. scaber (APott 4756) para E. scaber ; e E. teretoscapus (VJPott 4739) para E. glaucus .
Resolvendo o problema de parafiletismo em Echinodorus , à luz da análise de DNA, as duas espécies menores, pseudo-estoloníferas, foram separadas ao gênero Helanthium : Echinodorus bolivianus (VJPott 3215) para Helanthium bolivianum , e E. tenellus (VJPott 889) para H. tenellum ( Lehtonen & Myllis 2008) . Essas duas novas combinações, portanto, também servem para atualizar as respectivas identificações em Pott & Pott (2000) e Scremim- Dias et al. 1999.
Lehtonen (2008) comenta que E. cordifolius , apesar de ocorrer na América do Norte, Central, México, Venezuela e Colômbia, surpreendentemente aparece no Pantanal (VJPott 538). Portanto, a ocorrência no Pantanal é disjunta, supondo-se que possa ter vindo via Amazônia. Na presente lista, Echinodorus cf. uruguayensis é uma espécie de identificação dúbia, por estar estéril, citada para Bonito por Scremin-Dias et al. (1999).Do mesmo livro, E. ashersonianus Graeb. , identificada por Haynes, passa a se chamar E. longiscapus . Echinodorus grisebachii tem apenas uma coleta, em Três Lagoas, no Rio Paraná.
Sagittaria planitiana G. Agostini foi ilustrada em Pott & Pott (2000) apenas por uma figura (foto menor no topo à esquerda), como sendo S. rhombifolia Cham. , porque na época foi identificada pelo especialista com este nome. São duas espécies muito semelhantes. Ocorre nos córregos ao longo de veredas e na borda do Pantanal. É a primeira citação para Mato Grosso do Sul.
Comparando a riqueza de espécies com a de outros estados, existe a Dissertação de Mestrado para o Rio Grande do Sul de Rego (1988), que cita oito espécies (excluídas os gêneros Limnocharis e Hydrocleys , antes considerados Limnocharitaceae ), enquanto que os trabalhos de Matias & Souza (2011) para o Ceará citam 13 espécies, sendo que para a Flora do Brasil são citadas 40 ( Matias et al. 2012), e, destas, 12 são encontradas no MS, sendo que E. inpai Rataj não foi encontrada para este levantamento, e E. subalatus (Mart.) Griseb. apenas no MT. Por meio da presente revisão foram estimadas e listadas como conhecidas 22 espécies de Alismataceae para o estado de Mato Grosso do Sul.
No known copyright restrictions apply. See Agosti, D., Egloff, W., 2009. Taxonomic information exchange and copyright: the Plazi approach. BMC Research Notes 2009, 2:53 for further explanation.